Mestre Wady Sauaia, um dos maiores luminares do direito na esfera civil e processual civil e de resto em todos os escaninhos da esfera jurídica – que os meus olhos já viram – quer como operador do direito, quer como catedrático, conta no seu livro CENAS QUE FICAM que, então estudante e compondo uma delegação dos alunos do COLÉGIO CISNE, da capital, liderados pelo seu titular Professor Mata Roma, foram fazer uma visita, no Piauí, a um velho amigo do mestre, o decano e intelectual DA COSTA E SILVA. leia mais +
“AGERMIRO DE BASTIÃO” 4ª edição - revista e ampliada
Naquele meu chão feito a foice e facão, mutilado em crendices e roças de crua sobrevivência - tanto quanto ainda o é, entre tantos roceiros analfabetos que ali mourejavam, “AGERMIRO DE BASTIÃO” era mais um entre os demais. Já maduro, Agermiro de Bastião mudou-se daquele lugar com mulher e filhos e dele não mais se teve notícia. Sabia-se entanto que morava pras terras de São Vicente Férrer ou São João Batista, “praquelas bandas” como diziam - um lugar que fazia-se distante à falta de estradas, de ...
Comunicamos aos nossos contatos via/zap e aos eventuais leitores desta coluna que no dia 24 do corrente (terça-feira) obtivemos um FELIZ resultado no Tribunal do Júri, nesta cidade, onde fora absolvido o Sr. ANTONIO ALVES COSTA, a exemplo, aliás, de tantos outros alhures e aqui ocorridos. Deixo de declinar maiores detalhes relativos ao julgamento, em respeito à regra do Código de Ética da OAB, todavia, o faço neste breviário, sob a encomenda do princípio da publicidade de que tratam os processos judiciais em geral, assegurados, inclusive, pela nossa Carta Constitucional.
Nos anos 1960, do Regime Militar, os órgão de Imprensa estavam sob vigília do Poder. A imprensa escrita de esquerda (Jornais e outros), tantas vezes de última hora e até mesmo atrasados da hora, tinham que desfazer, desmontar suas edições. Era um sofrimento. Um arraso! E então, tantas vezes, para cobrir a lacuna, jornais preenchiam o espaço proibido com RECEITAS DE BOLOS E DOCES e outras guloseimas.
Em verdade em verdade, era uma outra forma de protesto e tudo isso ao destaque da PRIMEIRA PÁGINA. E haja escarcéu!!! Ainda assim ...
Eu lia extasiado, no jornal, as crônicas de amor e dor do mestre Wady Sauáia que entre outras publicou. As crônicas de Sauáia, de determinado período, ensejaram o livro CENAS QUE FICAM, que eu, seu admirador, já li meia dúzia de vezes, com o desprendimento de quem bebe sedento num oásis, uma riqueza gramatical de tanta sabedoria e domínio da língua, da linguagem e do fato. Inspirado no título CENAS QUE FICAM, do pranteado mestre, é que tomo a liberdade do meio-plágio para descrever agora a “CENA QUE FICOU”, que é, em mim, ...
Texto que escrevi para o programa CLUBE DA SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingo, oito da manhã, em cadeia com mais de 30 emissoras em todo o Estado do Maranhão, na minha crônica PÁGINA DE SAUDADE, há 12 anos, no ar. De lembrar que ao fim de cada leitura, há sempre uma ou duas músicas que adaptam-se ao texto.
A mente da gente tanto guarda quando expõe mistérios insondáveis que o homem - penso eu – jamais será capaz de desvendar essa incrível e indecifrável criação ...
Era assim: a casa do estudante, na Rua do Passeio, no Gavião, esquina de Vila Bessa, lembrava uma grande “colônia”, uma “república”, como se dizia naquele tempo de moradias coletivas. Gente de várias cidades do interior. Tinha até do Ceará e do Piauí. Tudo estudante do segundo grau – Ginásio e científico. Grande parte uns mais pobres do que outros. Alguns empregados. Poucos que recebiam “mesada” dos pais e outros até mesmo dos avós.
Era visível o estado de pobreza de muitos lá dentro. Mas quando saíam (lá fora) ...
Escrevo, já disse aqui, textos que os envio para a Rádio Mirante /AM, São Luís-MA, domingos, oito da manhã, programa CLUBE DA SAUDADE, em cadeia com mais de trinta emissoras em todo o estado (consoante anuncia o programa), no qual eu pego carona, janela e prestígio, faz doze anos (doze anos), com a minha crônica PÁGINA DE SAUDADE.
Na linguagem do rádio, a crônica é um “quadro” dentro do grande programa que vai das cinco horas às nove horas da manhã e está há trinta anos no ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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