Amanhã, oito de dezembro, o Maranhão e o Brasil festejam o dia de Nossa Senhora da Conceição. Consoante consulta pública, a festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi inscrita no calendário litúrgico pelo Papa Sisto IV, em 28 de fevereiro de 1477.
Atualmente, a solenidade da Imaculada Conceição de Maria (8 de Dezembro) é festa de guarda em toda a Igreja Católica, exceto em certas dioceses ou países onde, com a prévia aprovação da Santa Sé. Os votos e devotos de Nossa Senhora da Conceição ...
Pouco mais de meados dos anos sessenta. Eu tinha meus vinte e poucos anos. Naquelas lindas tardes de domingo a Jovem Guarda estava no ar. Roberto, Erasmo, Vanderléia, Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Jerry Adriani., Trio Esperança... E põe gente nesse baile!!! A esse tempo eu me ufanava de morar na Casa do Estudante Secundarista do Maranhão. Cursava o Técnico. Era feliz e não sabia!
Aos sábados, à noite, as “festinhas”, assim denominadas, espalhavam-se pelos bairros da capital, com suas luzes acesas. Eram bailes tocados a ...
ELE-DÊ era um roceiro que punha uma roça todos os anos, como tantos outros. Perto de sua casa havia, como ainda há, uma tradicional capela da Conceição. O notável vizinho era, em vida, o guardião da capela. Era ele o encarregado dos “aperparos” para a festa anual da Santa Conceição. Ele mesmo quem liderava as novenas, o levantamento de mastro, a grande festa de 8 de dezembro, a festa de baile e até mesmo os trabalhos da cozinha. Se estivesse vivo, estaria envolvido até o talo com os festejos que ...
Dona AGA-EL era uma viúva bem comportada, discreta, trabalhadora. Determinada. Na dela. Ficou viúva ainda em boa idade. Sozinha, tocava uma pensão e dormitório popular naquela cidade e naquela rua que veio a ser o metro quadrado mais caro do planeta, por aquelas bandas. Nessa batalha diária, pensão, dormitório, gente que chega, gente que sai, atendimentos diuturnos e à qualquer hora, dona AGA-EL foi-se cansando do ofício. Mas eis que lhe aparece um hóspede “diferente”. Uma voz máscula, sedutora; interessado e interessante, um olhar atravessado daqui, uma meiguice dacolá, despedida em ...
São Luís, antigamente, na região do centro, hoje centro histórico, tinha diversos pensionatos seja para rapazes ou para moças, que eram estudantes, cujos pais moravam no interior. E assim a velha capital abrigou pensionatos tradicionais, os quais além do teto (da morada), também serviam alimentação. Era, sem dúvida, um ambiente coletivo por excelência. Muitos desses pensionatos se destacaram e pontificaram na capital, na região do central da cidade, quer pela prestação de serviço, pela seriedade, pela sociabilidade.
Na área masculina havia o Centro Guaxenduba, na Rua de Nazaré, mantido por um segmento ...
Minha mulher dedicou os últimos cinco anos aos cuidados e à vida de sua mãe, sendo que os dois últimos, a sogra ficou entre a cama e a cadeira de rodas, parte maior do tempo na cama, o que redobrou o desvelo da filha, vinte e quatro horas por dia, sem arredar o pé. Entretanto, fazia-se terminal. Enfrentando esses e outros percalços em sua saúde, quando a mãe faleceu, a filha foi tomada de dores e lágrimas como se sua mãe tivesse falecido de mal súbito, tal o envolvimento, o sentimento ...
CARA A CARA COM O INIMIGO (2ª. edição: revista e ampliada)
Sete da noite! Feriado nacional! Estou envolvido com uma defesa criminal: lesões corporais, justiça com as próprias mãos; cerceamento de defesa, suspensão do processo. De repente... dou com um par de olhos a poucos passos, dentro do meu terraço. Fiquei estático e o sujeito também – cara a cara – olho no olho! O momento foi tenso! O sujeito menor e mais fraco e eu na suposta vantagem, porém sem uma única arma, sem nada. E ele? E estamos ali, tensos. Ele sem dizer nada ...
Seis horas da tarde. Pelo comum é hora dos cristãos retornarem às suas casas. Recolherem-se, encerrando a jornada do dia. Os animais também são assim. O gado, as ovelhas, os pássaros e as aves, principalmente. Os mendigos também são assim: rodam o dia na pedilança tentando sensibilizar os cristãos – “esmola pro ceguinho, esmola pro ceguinho”. E assim, vão tocando a vida e as desditas, fazendo da féria diária o seu ganho principal, ao passo que a “aposentadoria” do “salarinho” como dizem muitos por aí, acaba sendo um “bico”. E segue a rotina ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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