Eu tinha uma chácara na beira da cidade e observava então que o caseiro da ocasião maltratava, espancava e insultava a pequena cadela que ele tinha por lá. Um dia tomei as dores da cadelinha, fizemos um negócio e fiquei com ela para mim. E pus-lhe o nome de BRAYTE. Ainda assim não lhe despertava maiores cuidados ou atenção. Todavia, não descuidava nem do seu leite, nem do seu banho, nem da sua ração. E assim tocávamos a vida. Passado pouco tempo, um novo caseiro passou a cuidar da estação. E lá ...
Hoje não é o meu dia de escriba, o que, aliás, já vem fazendo fila, faz algum tempo. Estou aos “sete ponto três” de idade e os neurônios que se desgastaram pelo tempo, tantas vezes resistem aos exercícios da mente. E, para completar, qual um tijolo que cai seco do caminhão e se espatifa ao chão, deixei cair um tal HD-EXTERNO, com quase dois mil itens, grande parte dos quais, arquivos do meu exercício profissional e outros tantos em textos que produzi para o rádio e para o jornal. Sinto-me perdido e aborrecido com tamanha perda dos meus ...
Mãe peço a sua bênção. E, como a senhora mesmo dizia: “um beijo no seu coração”.
Longe, muito longe vai aquele tempo, mãe, e eu aos sete anos, quando numa madrugada fria montava à garupa do cavalo de meu pai e saía com destino à escolaridade na VILA. Saí de coração apertado, choro abafado e deixei a senhora chorando pelos cantos. Tão longe eu de saber, Mãe, que dali em diante, só voltaria em casa como “visita”, nas férias escolares. E dali em ...
Dez da noite, feriado de Primeiro de Maio. O celular toca. Era o CAPIJUBA, que eu o trato respeitosa e afavelmente por “Seu Capijas”, meu Embaixador e Representante junto ao Jornal O PROGRESSO, para fins do aviventamento à minha lembrança ao cumprimento da publicação desta coluna, nas radiantes páginas deste pioneiro O PROGRESSO. Noutras Palavras; seu Capijas é o guardião, sagrado e consagrado na vigilância pelo cumprimento do meu dever junto a O PROGRESSO.
E eu que naquele feriado, estive indolente e “relaxado” à falta dos meus “companheiros” de trabalho que faltaram comigo, ...
Vi, durante a minha infância, Naquele meu chão de pobreza e precisão, uma lacerante preocupação e repentina mudança de usos e costumes durante os prenúncios bem como na própria SEMANA-SANTA. Aproximavam-se o “Dias Grandes” e logo havia uma inusitada correria à busca e estoque de víveres elementares para o “de comer”. Havia assim, uma brusca mudança da rotina, daquela gente.
Homens, mulheres e crianças sob o comando do casal patriarca, caía em campo: tapioca e bolo de tapioca, biscoito assado ao forno caipira, peixe seco, farinha d’água, ...
Eu vou contar pra vocês um trecho da minha vida. É que nesse vai e vem da vida, tem um cara que teve a capacidade (a capacidade) de marcar a minha vida. Se avexe não, foi aquele meu FUSCA AZUL, safado, bandoleiro, pé de pano, malandro e garanhão. Ele mesmo, uma bala de prata que não perdoava uma gata. Era assim ele, meu tremendo FUSCA ZUL - lá em cima AZUL da cor do céu, cá embaixo, AZUL da cor do mar. Sagitariano, nascido na primavera de 1975, Guerreiro e mulherengo ...
Hoje, pelo visto, não é o meu dia de escriba. Ainda ao amanhecer, numa troca de áudios via celular, senti uma picada que me desequilibrou. Pronto! A partir daí o dia azedou. Sim, mas já está deliberado que hoje é o dia de mandar o texto para o jornal, até porque, recente, tenho faltado a algumas edições. E “faltar” ao compromisso nunca foi nem será da minha conduta. Sou fiel aos meus tratos e, para mim “a palavra é o homem e o homem é a palavra”. E isso é conduta ...
E qual é o católico que não quer ser amigo ou ter alguma afinidade e boas relações com o padre da sua paróquia? Os evangélicos não são diferentes! Viver sob as graças e simpatia do seu líder religioso é sorver uma sombra. O sujeito tanto lá quanto cá pode até tirar uma “carta de seguro”, na esperança de que esteja a caminho do céu. Afinal ser amigo do padre (para quem é do padre) ou ser amigo do pastor (para quem é do pastor), isso não é pra qualquer um. E ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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