Tava, faz dias, querendo redesenhar um texto sobre aquele meu saudoso FUSCA AZUL. Natural de São Bernardo do Campo, nascido na primavera de 1975, estaria fazendo 24 aninhos. Azul da cor do céu lá em cima e cá embaixo azul da cor do mar. O cara era uma fera e só faltava falar! Ah se o meu fusca falasse!!! Mulhereeengo! Um carnívoro implacááááável. Um carcará irresistível, indomável. E ali, sim, era “pega, mata e come”. Festeiro, passava a nooooooite no sereno da festa no clube e quando eu menos imaginava ...
Tava eu dia desses, no soturno da noite, quando “pintou” um clarão na minha mente. Era eu na minha Escola do Sertão, a escola das minhas primeiras letras, no tempo do “castigo de joelhos” e do bolo de palmatória.
Escola Sertãozinho”, do meu tio Mundico do Sertão – gratidão e homenagem que guardo pelo resto da minhas vida! Era princípio, de noite, aquela noite, quando o meu pai chegou da VILA, trazendo uma carta de ABC e uma Tabuada. Lembra da Carta de ABC e da Tabuada? Era ...
Hoje eu amanheci lembrando daquele meu querido Grupo Escolar Primário, um santuário da minha escola de base. GRUPO ESCOLAR MOTA JÚNIOR, na minha terra natal – São Bento–MA. Aliás, que devoto estima, saudade e gratidão pelas escolas por onde passei, inclusive pela minha primeira escola, da Carta de ABC, da Tabuada e da Cartilha, no tempo da palmatória e do castigo, de joelhos. Agora, imagine aquela dourada e inesquecível e toda minha Escola Técnica Federal, onde fiquei por nove anos; onde fui interno por quatro anos e depois servidor por ...
O OLHAR DO PÁSSARO SOBRE O GALHO Escrevi aqui, faz tempo, um tema denominado “O OLHAR DO PÁSSARO SOBRE O GALHO”. O título é auto-explicativo. Fala por si só. Cheguei a pensar em ficar com ele para dar guarida aos meus textos. Mas, em seguida, escrevi “CAMINHOS POR ONDE ANDEI”. Hoje, eu ataco de “O olhar do pássaro sobre o galho”. Auto explicativo (rsrsrs). COISA DE POROVÍNCIA Era uma vez e aquela província no país de faz de conta, vivia como sempre viveu os seus altos e baixos que era esse alternativo que dava ...
E então vivíamos todos na roça, da roça e pela roça. Posso dizer que as minhas passagens pela roça foram temporárias. Ocorriam durante os períodos de férias escolares, dos sete até por volta de 20 anos, pouco antes de concluir o curso técnico em desenho, quando então consegui o primeiro emprego. Lembro, aliás, que quando fui consultado sobre minha disponibilidade de assumir o emprego, condicionei-o à conclusão de uma tarefa de CATAÇÃO na escória da lavoura do meu pai.
Foi uma tolice minha? Sim! Deveria ter abraçado o tão sonhado primeiro emprego, no ...
POR AÍ... EM PONTO POR PONTO Ponto nº 1 - Tava eu noite dessas, alta noite no aeroporto local, esperando a patroa que ia chegar. Nem tentei estacionar na suposta área convencional que lá só tem lugar para os aproveitadores de plantão que deixam seus carros, saem de perto e vão para os quintos. E aquilo vira um estacionamento fantasma na grande totalidade do tempo quando até mesmo não há qualquer movimento por ali. É como se fora uma terra de ninguém e sem dono e, ao que tenho notícia, o “órgão encarregado” não tem tido pulso ...
CARTA AO LEITOR: Meu caro leitor (se é que você existe) – cordiais saudações. Tenho a honra e o dever de dizer aqui que (bem ou mal), escrevo textos para o jornal desde os 21 anos. Estou aos 73 e então faça as contas. Aqui em O PROGRESSO, comecei em 1.973, quando a titularidade do jornal era do Sr. José Matos Vieira e fiquei até quando o jornal mudou para novas mãos. Por volta de 1976 (por aí assim), quando o jornal mudou de titularidade eu que cheguei a imaginar que era aceito e que dormi ...
Era uma vez e isto tinha ares de um garimpo. Poeirão lá em cima, gente chegando de todos os lados – pistoleiros, grileiros, operários, aventureiros e muita coisa feita na lambança, no improviso, na gambiarra. A mulherada livre, pra todos os lados: Cacau, Mangueirão, Macaúba, Farra Velha, Quatro Bocas e... nas casas de tábua e outras coletivas de quem se diziam “garotas de programa”. Sexo, pândega, trambiques, grilagem e manobras estava em alta.
É desse tempo que, numa noite de fim de semana, fui chamado para ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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