O OLHAR DO PÁSSARO SOBRE O GALHO
Escrevi aqui, faz tempo, um tema denominado “O OLHAR DO PÁSSARO SOBRE O GALHO”. O título é auto-explicativo. Fala por si só. Cheguei a pensar em ficar com ele para dar guarida aos meus textos. Mas, em seguida, escrevi “CAMINHOS POR ONDE ANDEI”. Hoje, eu ataco de “O olhar do pássaro sobre o galho”. Auto explicativo (rsrsrs).
COISA DE POROVÍNCIA
Era uma vez e aquela província no país de faz de conta, vivia como sempre viveu os seus altos e baixos que era esse alternativo que dava e dá vida a tantos quantos. Naquele “eldorado”, vivia uma irmandade que por trás dos bastidores, dava as cartas. Eram os integrados e reintegrados senhores da razão. Carro chefe de tudo enquanto que por debaixo dos panos mandavam e desmandavam, pintavam e bordavam, deitavam e rolavam. E orgulhavam-se do seu poderio, ou como disse o Gilmar: “... do seu “empoderamento”. Falar em Gilmar, bate três vezes na madeira que é pra não dar azar. E todos se vestiam acima do bem e do mal, como se fossem senhores da vida e donos da razão.
Até que um dia... até que um dia... a casa aos poucos caiu. E foram ver e por debaixo dos panos como é do seu agasalho: Tinha fugitivos, pistoleiros, homicidas, contrabandistas, falsários, alcagüetes e outros falsetes. Caiu a casa, caiu a máscara, mas o sapato alto não deixou cair a confraria. Mas os vassalos, os súditos, os descamisados, os desdentados esses, quais as baratas na devastação – esses sobreviveram e sobrevivem para lembrar aqueles dias, aquela gente que vivia numa máscara e numa couraça e todos acima do bem e do mal. Eta vida terrena, mundana, perversa e sacana!! Agora, quem quiser que vista a carapuça ou como diz o Maluco: “quem souber que me conte outra”
O DONO DA RAZÃO
O cara era o dono da razão. Aliás: eternamente e como sempre, todo poderoso e dono da razão. Ele era um rei e todo mundo um vassalo. Mandava e desmandava. E, por conta desse “empoderamento”, havia uns tantos que queriam estar “debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, quer dizer: à sombra do seu poder. Ainda que essa “sombra” fosse mera sobra; um faz e contas do oportunismo. E quais as hienas, grunhindo e roendo as carcaças. Ou como o CHACAL, também na sobra do leão, como na “Matemática do mais forte”, de Malba Tahan. Mas ainda assim, debaixo das azas daquele “homem de aço” que tudo podia e que em nada se vergava. Um dia um de seus apaniguados convidou um cara para aproximá-lo daquela potestade, como que mostrando-lhe vantagens da sombra daquele “empoderamento”. O convidado recusou a “generosa oferta” e atacou: “Não posso aceitar o seu convite porque ELE é um trator e o resto é um sapo”. O ensaísta de anfitrião, humilde, baixou a cabeça e confessou: “você tem razão”.
TV AFIADA
Paulo Henrique Amorim é um dos maiores, senão o maior jornalista que o Brasil já produziu e conhece. Depois que o cara saiu da Globo e foi para a Record, mostrou e mostra que tem garras, força e dentes de LEÃO. Talento, competência e inteligência. Tá louco, sô:???!!! O cara é fera. Ele que era correspondente nos EUA ficou na Globo por doze anos e pediu as contas – que é como diz. Diz também no seu currículo que odeia gatos e também odeia a Globo. Esse cara do “OLÁ, TUDO BEM???”, faz mal abares com o verbo, com os argumentos e com tudo o quanto diz. E detona qualquer um (qualquer hum) no seu TV AFIADA! Lula? Bolsonaro? Temer? Ministros da Alta Corte, isso é fichinha. PHA, como também se denomina, bate de pau na moleira sem dó nem piedade. E para atacar altos galões e grandões e medalhões de “ladrão” e corrupto e de tudo o que não presta é daqui prali. E a gente que está acostumado com uma imprensa que não cita nome de bancos, de repartições, de empresas de “impoderados” e outras medalhas, quando envolvidas em algum escândalo, ou ainda que um simples rebu. Quando a gente vê o PHA em sua TV AFIADA, com ares e traços de ator, a gente se descabela. Porque o cara é fera! Aproveite e veja a TV AFIADA de Paulo Henrique Amorim, na internet, e encontrará uma imprensa que não tem palpos (e não “papa” na língua nem “sobrosso” de nada e que por isso eu imagino que ele deverá ter contra si a bagatela de um milhão de processos... Ta doido siô???!!!
AMOR PROIBIDO
Conta o chacareiro que tinha um chácara e nela, sua cadela de estimação. Até que um dia... até que um dia... no faro do cio, chega por ali um cachorrinho ligeiro sagaz, um tipo que mais parece um veadinho. O chacareiro não gostou nadinha daquele intruso. E falou firme para o moleque “vai timbora que isso aqui não dá prati”. Mas o moleque com cara de apaixonado pela cadela, coração em tun-tun-tun, tava cheio de amor pra dar. E o chacareiro voltou a bradar: Vai timbora que aqui não dá procê. O cachorrinho não acreditou. E quando pensou-se que não, o serelepe tava na cola da cadela. Aí o chacareiro montou uma trama, enganou o moleque trancafiou-o entre quatro paredes. E foi uma taca municipal, uma estadual e outra federa. Mas uma Federal outra Estadual e outra Municipal. E haja taca até encher o bucho e achar que a desobediência e a desfeita estavam resolvidas. E, novamente, a advertência: “Vai timbora que isso aqui é veneno pratu”.
Cachorrinho com cara de veadinho, saiu do suplicio, onde estava na hora de virar merenda de urubu e ficou ali, no terreiro empacado, sentado no seu traseiro, com a cara virada pro lado da sua amada que estava recolhida a sete chaves. Chacareiro tornou advertir: ”Vai simbora que isso aqui é malagueta pura”. Aí o auxiliar de serviços, pegou sua bicicleta e tomou o rumo da cidade. Aí cachorrinho com cara de veadinho, seguiu no rastro da bicicleta e nunca mais (nunca mais) acertou o caminho de volta. Aí o chacareiro falou sozinho: “Bem que te disso que isso aqui não dava prati”. Dias depois, uma lourona, inteirona, perguntava por um cachorrinho “assim-assim-assim”. Ninguém sabia de nada. Mas ficaram pensando que “ele não deu conta da viagem”.
Edição Nº 16311
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