Tenente-Coronel/PM - EDEILSON CARVALHO DD. Comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, nesta Imperatriz - MA.
Senhor Comandante:
Cumprimentando-o, sirvo-me da presente para o quanto passo a declinar:
Faz dias e era da minha intenção ir cumprimentá-lo pessoalmente em seu quartel. Não temos maiores aproximação ou tratativas, mas isso não impede o meu apreço e admiração pessoal pela sua trajetória profissional e pelo laborioso trabalho que tem exercido nesta cidade e região com evidente destaque pelo seu profissionalismo, pela ascensão profissional ...
Ilmo. Sr Cabo Jota Ribamar DD. Secretário de Trânsito, nesta IMPERATRIZ – MA.
Senhor Secretário:
Cumprimentando-o, receba as minhas cordiais saudações.
Quis a vida e o destino que nos mantivéssemos em linhas paralelas e distantes e apenas agora, quando o Sol da/s nossa/s vida/s já vai alto no horizonte, é que nos cruzamos eventual e incidentalmente nesses “acasos” que a vida nos traça. Não sou de pedir favor ou favores a político/s, senão em raras situações e, ainda assim, de regra, nunca por interesse pessoal. Não ...
Ainda me lembro daqueles dias. Era um tempo de anos cinzentos. Um clima instável. Estado de Sítio, Ai-5. História recente. As pessoas andavam se perguntando sem entender. A vida política e social do país virou de cabeça para baixo. Quase tudo fora dos lugares. Uns presos e outros debandando. A Revolução de 1964 estava no ar. “Anos de chumbo”, que foi como vieram dizer depois. A esse tempo eu era um garoto que amava os Beatles e os Roling Stones, não estava nem aí. E curtia Renato e Seus Blue Caps, Fevers, Golden Boys e toda aquela ...
A minha veia de “escriba” anda meio escasseada. E disso me ressinto. Tenho comigo um texto que “já escrevi e reescrevi” nas madrugadas acordadas – que é como escrevo. Chama-se MESTRE CÂNDIDO – coisas de uma repartição (pública) dos anos de chumbo. Tudo real, como enfim são os meus temas. Ainda assim não me arremeti nem me arremeto em levá-lo ao papel. Enquanto isso, vive dias de silêncio o meu quadro RÁDIO VERDADE, nestes dias em que o meu companheiro ARIMATÉIA JÚNIOR – Nativa/FM, recupera-se de um “piripac” do coração e, recolhido à sua casa, aproveita para ...
Tempos antigos, neste Maranhão das minhas bandas, no interior do Estado, a escolaridade era pouca, minguada. O sistema de educação, no interior, girava basicamente em torno das escolas públicas e sem nenhuma referência ao ensino particular (privado). Era o tempo do pré-histórico e dinossaureano curso primário, um extensivo curso de cinco anos que se esticava do primeiro ao quinto ano e que determinadas escolas praticavam o “preliminar” que era uma espécie de “jardim de infância” - o que estendia, em tais casos, o curso primário integral para seis anos. Ou como dirão outros: esse era o tempo ...
Acabo de chegar do meu chão-natal, 15ª viagem em pouco mais de dois anos, onde ali construo o MEMORIAL DE ANTONIO DE INEZ - uma jornada em que pretendo edificar a memória do meu velho pai - coautor desta sua cria e criação. Até uma "praça" dentro do mato tem lá. E com um detalhe, a "praça" tem plenas características da minha assinatura (rubrica), esta que guarda os contornos de um barco à vela, ou como me refiro: "...a bandeira de um barco". Sempre eu estou naquele "praíso florestal", feito do berço que me viu nascer, ...
Naquela cidade tinha um lugar encantado. Encantos e desencantos existiam nas fantasias da nossa mente de criança. Na nossa vã imaginação de um tempo. O Encanto é criação da lenda, é lenda da criação. É fruto do imaginário. Vem da Praia do Lençóis, onde um boi encantado, endiabrado, bailava na areia, nas noites de lua cheia. Vem daquela ilha de Penalva, flutuante, natural que mudava de posição a cada instante, artificial. E quando tentaram domar a ilha, tanto a mãe quanto a filha viram que o encanto transformou-se em desencanto. O lago secou, o peixe acabou, o ...
José de Maria era filho de Maximiano de Adesilha e de Maria de Aurora. Era conhecido por Z? DE MARIA ou Z? DE ORORA. Morava com a sua família, em terras de Vai-Quem-Gosta, uma “geba” encravada naquela fim de mundo, perto das terras do Vai-Quem-Quer, do respeitado decano “seu Alípio”, de saudosa memória. Zé de Maria (ou Zé de Orora) era um negrote forte, disposto e trabalhador. Seus irmãos Bonifácio, Agnelo e João de Maria moravam na cidade (na capital) e trabalhavam na estiva marítima. Então desde cedo Zé já trilhava pela cidade em ida e volta, ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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