Era manhã, começo de manhã daquele meio de semana. A minha Rua Manoel Bandeira era transpassada por um tempo frio do pós-amanhecer de um tempo cinzento e um céu nevoento. E cá embaixo lá vou eu, metido a questionador do social – vocação de um velho tempo-colegial; eu que tantas vezes tenho dito para mim, como bem assim para uns tantos à minha volta que: “o homem há que lutar na vida para caminhar com as suas próprias pernas”. - É um pensamento e uma frase que cunhei e que ...
Não tive maior convívio com o juiz Armindo Nascimento Reis Neto (Doutor Armindo), que faleceu na semana passada, vítima de acidente de trânsito, após ter passado 26 dias internado na UTI, num hospital nesta cidade. No velório e na missa de despedida, o grande espaço da Associação Médica foi pequeno para tanta gente. Gente de todos os quadrantes: juízes, promotores, defensores, advogados, servidores do judiciário, amigos, familiares. Os discursos que se ouviram em homenagem a ARMINDO tiveram uma nota só: a humildade, a simplicidade, integração e prestação social, o caráter, ...
É como costumo dizer: “Fiquei na Rádio Imperatriz durante doze anos”. E me ufano disso. Afinal aquela minha trajetória foi um sonho de criança, ideal dos meus tempos de rapaz e... uma forma de realização pessoal. Comecei na Rádio Imperatriz com o programa A PALAVRA DO ADVOGADO, que depois de algum tempo intitulei-o de “O ADVOGADO ESTÁ NO AR”. Nesse conjunto fiz a CRÔNICA AO CAIR DA TARDE – um baile de compromisso e emoção que eu vivia diariamente, pontualmente às 18:00 horas e, portanto, “AO CAIR DA TARDE”. Vivia ...
Máquina de escrever. Sou filho e cria da máquina de escrever. Tenho paixão, lembranças, imagens, saudades da máquina de escrever. Afinal, a máquina de escrever me abriu portas, me viu nascer, me viu crescer, envelhecer. Primeiro emprego, segundo emprego, exercícios da profissão, recursos, habeas corpus, petições. E lá estava eu no seu tic tac, naquele sotaque só seu e todo seu - unicamente seu: era a máquina de escrever. E então a MÁQUINA DE ESCREVER escreveu a história deste BRASIL. De Norte a Sul, de Leste a ...
Lembranças das minhas passagens pela Rádio Imperatriz (conclusão-III)
ABRE PARÊNTESE. Final da penúltima edição: E só quando cheguei no dia seguinte é que vim a saber que a emissora havia sido vendida para a Igreja Assembleia de Deus, em cujas mãos até hoje permanece, agora com aquele áudio que lembra aquele meu velho tempo de AS ANDORINHAS: “As andorinhas voltaram / E eu também voltei / Rever o velho ninho/ que um dia aqui deixei... É quando bate uma saudade de um tempo que não volta mais... nunca mais... FECHA PARÊNTESE.
ABRE PARÊNTESE: Texto final da edição anterior: “Fiquei mais por outros três anos, sem deixar e sem levar problemas ou aborrecimentos. Afinal eu era um “freelancer”, sem carteira e sem salário. E quando voltei no “terceiro turno”, tão pacífico quanto saí, voltei com a CRÔNICA AO CAIR DA TARDE”. Cinco minutos. Seis da tarde, em ponto, prenúncio da Ave-Maria e com a música que fazia a vinheta de sempre! Ao vivo! Em carne e osso! Uma das minhas realizações: no coração, na vida, na ...
LEMBRANÇAS DAS MINHAS PASSAGENS PELA RÁDIO IMPERATRIZ (um tema em 3 edições)
Cheguei a Imperatriz em maio de 1973. O Jornal O PROGRESSO já circulava. E eu, pelas mãos de SEU VIEIRA, logo comecei com a coluna VISÃO GERAL. O jornalismo é uma velha paixão, é sangue a que desperto e exerço desde os vinte anos – faz cinquenta. E cheguei trazendo na bagagem breves passagens de um “foca” pelas Rádios Timbira, Gurupi e Educadora; pelo Jornal Pequeno (o dono do campo, da bola e de todas as torcidas) e Jornal do Maranhão, este um periódico ...
Semanalmente, tenho um “TEMA LIVRE” às quartas, no Programa NOTÍCIA +, na BAND local, que está me dando com o pau na cabeça. Tem, também, estes... CAMINHOS, que é mais que um compromisso. E, para completar, também semanalmente, escrevo (e produzo) um texto que vai para o ar na Rádio Mirante AM/domingos, oito da manhã, na crônica “PÁGINA DE SAUDADE”, programa Clube da Saudade. Veja os últimos textos, a propósito do carnaval:
INOCENTES ESCOLAS DE SAMBA & MARCHINHAS ERA ASSIM O CARVANAL
Cheguei de férias, no curso primário, 8, 9, anos de idade, ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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