AVES DE ARRIBAÇÃO Lição da vida me ensina que, “políticos são como aves de arribação, nos tempos bons ele vêm, nos tempos ruins eles vão”. Aí alguém dirá: “é o ditado mais certo que existe”. Fico vendo então, qual neste tempos a sanha dos políticos., em véspera de eleições. Saem pelas ruas da vida, abraçando, cumprimentando as pessoas, beijando as crianças. Entrando nos casebres das pessoas e fazendo outras mesuras e firulas. “Amabilidade” à flor da pele. E até para os vira-lata da família que ousam chegar por perto naquele momento de alvoroço, do povão, coitado, cercando ...
PROSTITUTAS, GIGOLÔS ETC. E TAL O roceiro das minhas bandas costuma dizer que “quando a gente tem de passar por uma coisa, não bota na porta dos outros”. E leva muito a sério esse ditado, porque se lhe traduz um princípio de vida. E eu, farinha desse saco, não poderia fazer nem pensar diferente. Pois é: “quando a gente tem de passar por uma coisa, a gente não bota na porta dos outros”. Assim é que, quando fui morar na “capital” (do Maranhão do Norte) para cursar o secundário (como se dizia), fui morar exatamente... no Bairro do ...
A ONÇA DO ITINGA Essa coisa do “escrever” tem lá uma “bactéria” resistente, que não se dá por vencida. Com o tempo “cria calo” e continua regurgitando, viva, reciclando. Assim são uns temas que os escrevo e que continuam despertando outras tantas edições. Cada qual com uma nova leitura e, tantas vezes, sem uma única linha da vertente anterior. Assim foram temas tais como: “Zé Bicudo”, aquele sujeito que tinha fama de “virar porco” e outras visagens lá das bandas de onde eu vim. Assim é com ELIAS DO BOI, um velho personagem da cidade em ...
SENHOR EDITOR: Assim como tantas vezes nas minhas petições judiciais e eu, convicto das minhas convicções e cioso de que minhas convicções convençam ao juiz, peço então, em destaque, já no frontispício da inaugural, que o juiz leia as minhas petições. É assim como agora me dirijo a você: peço que leia estas considerações e outras, a seguir. Faz dias e, de uma sentada, escrevi um texto denominado “DE OLHO NA MORTE... DE OLHO NA VIDA”. Trata-se de um tema bem humorado da vida real, com personagens de carne e osso, todos meus familiares. E, porque “quem ...
O SÍTIO DE DONA TETÉ Naquele meu chão de outrora, feitos em caminhos íngremes, estreitos e “visagentos”, cujas veredas ali chamam-se “estradas” – que servem àquela gente em andanças a pé ou em lombo de animais, tem um eterno e abençoado sítio frutífero à beira do caminho, que pertenceu a uma matriarca feita de em mão abertas e pés do chão – Dona FIRMINA DE BELA. TETÉ, para os íntimos e para todos, enfim. O sítio já tinha creio que mais de meio século quando o encontrei na minha criancice, inteiramente livre e aberto, sem cerca e ...
CASA DO ESTUDANTE A primeira noção que se há de ter sobre uma CASA DE ESTUDANTE, onde mora uma “macharada” de colegiais, todos rapazes, solteiros, diferentes idades, “irresponsáveis”, é que aquilo seja um covil desorganizado, uma zorra, uma casa de mãe Joana, uma esculhambação. É o que se há de pensar. Certo? Errado! Carrego comigo a grata experiência e oportunidade de ter morado em duas casas de estudante. A primeira a nível secundário, onde fiquei por quatro anos; a segunda a nível universitário, também por quatro anos. Oito anos no “currículo” de supostamente diferentes moradias, não ...
“QUEM NÃO TEM IRMÃO BRINCA SÓ” Guardo da minha mãe lições, imagens, momentos, passagens. Uma banda da sua vida e toda a nossa vida. Guardo a sua voz, seus passos, seu caminhar, sua fé, seus conselhos, suas pregações, a simplicidade e a humildade que lhes vieram do berço. Ela que se foi aos 87 anos. Dela me lembro numa passagem isolada quando que eu tinha menos de cinco anos. Guardo de minha mãe uma lembrança, quando um dia, começo de noite, ela me falava que as estrelas, “os astros”, tinham a ver com o nosso destino. ...
Deixei a casa materna, aos sete anos de idade, na garupa do cavalo de meu pai, rumo à escolaridade na VILA, ficando para trás a minha mãe com o seu choro abafado pelos cantos, enquanto eu seguia de coração partido rumo ao desconhecido. E nesse ponto vendo o meu pai decidido. Enfim, uma prova de fogo para todos nós. O meu pai despojava-se de uma mão de obra na roça e nas serventias, além dos gastos sofridos de um roceiro e por tantos anos, ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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