Na semana passada, quando aqui abordei sobre O CHEQUE, era da minha intenção relacioná-lo à CARTA - ambos que tiveram ascensão, apogeu e queda. Ambos, agora, relegados à indigência, ao ostracismo. Os enlevos e relevos sobre O CHEQUE, na minha escrita, acabaram por tomar o rumo do inesperado; seguiu-se pela nota promissória e foi arrematar-se na seara do Cartão de Crédito. De sorte assim que A CARTA "sobrou" naquele tema, daí porque venho agora. Qual o CHEQUE ao seu tempo, a carta também ditou e reinou. E foi um expoente vetor da comunicação ...
Era uma vez o cheque. Cresceu a partir de um "relacionamento internacional" denoninado LEI DE GENEBRA, no ano de 1931 - o cheque já nasceu grande, poderoso e veio ao mundo para dominar em meio às elites endinheiradas - no que àquele tempo já se poderia dizer: "coisa do primeiro mundo".
O cheque era um sheik, um sultão, um nobliárquico rei das astúrias. Um nobre com acesso e assento em todas as cortes. Respeito, moral, valor, prestígio. Assim era o cheque! O cheque era cercado ...
Faz tempo, tanto tempo e ouço falar de O CAMINHO DAS PEDRAS. Algo abstrato do qual nunca encontrei uma explicação de ninguém mas ainda assim, volta e meia e sempre no aleatório e em parábola, refiro-me ao CAMINHOS DAS PEDRAS como uma travessia de embaraços. Recente, vi na TV, uma reportagem passageira (sem profundidade) sobre coisas e costumes da CHINA e então a moça que ali fazia o papel de "guia turístico" mostrava numa rua, um trecho com pequenas pedras encravadas ao chão cimentado para transeuntes em pés descalço. Aquele e era O CAMINHO DAS PEDRAS. Disse ...
Sete da noite. No posto de combustíveis à beira da BR o movimento é intenso. Caminhões, carretas, bitrens, automóveis, gente. Motoristas, prostitutas, mecânicos, biscaiteiros, transeuntes. Uma "zueira" danada. Tenho a sensação de um ambiente "barra pesada". E eu ali - o olhar do pássaro sobre o galho, questionando o social.
Tem uma cachorra de mediana idade, já vi por lá outras vezes porém ainda não havia feito a leitura. Visivelmente, é desses animais de rua, sem dono, porém sob ...
E então, estudávamos todos naquele meu inesquecível GRUPO ESCOLAR MOTA JÚNIOR num tempo do Curso Primário em cinco anos; esse mesmo tempo em que o Curso Primário completo tinha prestígio e respeito, comparável hoje ao prevestibular - o que me leva a pensar que na época ou a escolaridade estava em alta ou hoje, essa mesma escolaridade está em baixa. Mas isso aqui, agora, não vai ao caso. O Grupo Escolar Mota Júnior, cátedra e ourgulho de todos nós - do que a gente nem se dava conta - tinha ...
CARTA ABERTA AO PREFEITO MADEIRA (COM CÓPIA AO SR. JOTA RIBAMAR)
Senhor Prefeito: - Em data de 27 de fevereiro do ano passado (2.013) - faz pouco mais de um ano, mandei-lhe através destes... CAMINHOS, uma CARTA ABERTA que, em retropectiva, permito-e à transcrição do seu texto. Diz a carta:
Em data de 18 de setembro do ano passado (2.012) publiquei neste espaço uma "CARTA ABERTA AO CABO JOTA RIBAMAR", Secretário de Trânsito local, da qual transcrevo parte do texto. Diz: ... "Recentemente, quando nos cruzamos nos bastidores do Programa (***) ...
A bênção, minha mãe - LOLA! Deus te abençoe meu filho, a senhora respondia.
Longe se vai o tempo, mãe, em que eu mandava cartas feitas, no começo manuscritas e depois à máquina de escrever. Lembra? Eu fiz o curso de datilografia e vivia pedindo a máquina dos outros e dizia que era para fazer uma carta para minha mãe. Aí as pessoas ficavam sensibilizadas com a ideia e eu tacava em fazer cartas que mandava para vocês que ficaram em casa no ...
Hoje, como em outras tantas ocasiões, lembrei-me mais uma vez do Oficial-PM EDEILSON, que aqui serviu com bravura e competência ao comando do 3º BPM. Quando EDEILSON foi exonerado do Comando do 3º BPM local e logo enviado para um "estaleiro" na capital, simpatizantes por aqui ensaiaram, em nome do povo, um grito de protesto. Fui lá e assinei a lista. Tinha meia dúzia de gatos pingados. Também não soube se esse grito sequer fez eco. Consta que o Coronel EDEILSON, agora na capital, está jogado para um canto, na "geladeira" (como bem assim é da linguagem da caserna), em ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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