CARTA ABERTA AO PREFEITO MADEIRA
(COM CÓPIA AO SR. JOTA RIBAMAR)

Senhor Prefeito:  - Em data de 27 de fevereiro do ano passado (2.013) - faz pouco mais de um ano, mandei-lhe através destes... CAMINHOS, uma CARTA ABERTA que, em retropectiva, permito-e  à transcrição do seu texto.  Diz a carta:

Em data de 18 de setembro do ano passado (2.012) publiquei neste espaço uma "CARTA ABERTA AO CABO JOTA RIBAMAR", Secretário de Trânsito local, da qual transcrevo parte do texto.  Diz:
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"Recentemente, quando nos cruzamos nos bastidores do Programa (***) expus-lhe que, no cruzamento das Ruas Manoel Bandeira / Benedito Leite, fora ali, outrora uma "central" de acidentes, inclusive com seguidas danificações de uma residência de esquina, hoje fechda. Disse ainda que, após a implantação de "tartarugas"  no local, os acidentes sofreram uma drástica interrupção e não mais ocorreram.

E prosegui na explanação: "sucede que com o tempo (algo como  uns 12 a 15 anos),  as "tartarugas", foram-se destruindo e sem recuperação (sem reimplantação, ou manutenção), estando o local totalmente  desprotegido,  os acidentes voltaram a ocorrer. Aliás, de forma acentuada e contínua, retornando o local a um famigerado "ponto de acidentes". E disse isso como testemunha ocular dos fatos, vez que a minha residência situa-se naquele local.  Pedi então a V. Sa., na oportunidade, que visitasse o local, ouvisse as pessoas e recuperasse a implantação das "tartarugas", na ânsia de que voltasse a reinar a paz e a tranquilidade públicas naquele setor.

Como resposta, V. Sa., me disse que "tartarugas" eram inviáveis porque provocavam rachaduras nas paredes dos imóveis vizinhos; declinou outras evasivas (o alto custo do redutor de velocidade) e ainda assim  ficou de visitar o local. E tudo enfim continuou e continua como do trivial - qual seja: a repetição de constantes acidentes no lugar, tal a estratégia (a armadilha) do cruzamento que ali se assenta, com preferência para os veículos com tráfego pela Benedito Leite, rumo à Beira-Rio, mas com inobsevância e invasão por parte de veículos que procedem pela Manoel Bandeira, rumo ao Bacuri.

Senhor Secretário:

A conversa que tivemos, se para V. Sa., se fez em "ouvidos moucos", para mim não foi assim. Sai pela cidade, em observação aos lugares sinalizados (ou protegidos) por "tartarugas" e, creia, não constatei nenhuma (nenhuma) "rachadura" nos imóveis vizinhos, o que contraria a declaração que  V. Sa., me fizera. E, ainda hoje (ainda hoje) quando passo por qualquer local sinalizado pelas famigeradas "tartarugas", carrego o hábito de verificar se  "rachaduras" existem nas casas ao redor. E decepciono-me como sempre - porque "rachaduras" não vejo e porque  nossa conversa foi perdida - foi em vão"...   

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Pefeito Madeira, (segue a carta)

Como, em face da carta, o Sr. Jota Ribamar a mim nunca me respondeu nem exerceu qualquer manifestação sobre o assunto - impõe-se lembrar que o agente do serviço público é pago e está a serviço do cidadão-contribuinte e eleitor; não de caráter pessoal ou individual mas o dever de velar e zelar pelo serviço que presta por interesse do bem comum,  de índole coletiva, razão pela qual, volto-me agora diante de Vossa Excelência pelo mesmo motivo e para o mesmo objetivo.

- O cruzamento das Ruas Manoel Bandeira com Benedito Leite, continua um palco de acidentes, inclusive com vítimas e sem que nenhuma providência até o momento fora tomado pelo órgão de trânsito, tão certo que neste momento - noite de sábado, 21 de março/2012, grave acidente com vítima e nas mesmas condições declinadas, acaba de ocorrer, o que confirma a "rotina natural" do local - fato que me motiva aos termos desta. A cidade de Imperatriz, Senhor Prefeito, sobre a qual sente-se e prevê-se um colápso  num trânsito cada vez mais caótico, violento e desrespeitoso não é direito que o administrador ignore ou dê as costas ou faça-se mouco diante da presente situação. ... ...
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Doutor Madeira: Pelo fato de residir à beira do famigerado local em mais de vinte anos, tornei-me uma involuntária e desmoralizada testemunha ocular dos múltiplos acidentes que ali têm ocorrido - seja antes das cartas, quanto depois delas. E tenho assistido ao lamentável cruzamento de braços;  à indiferença e mazelas do serviço público em face aos interesses e à desgraça dos seus cidadãos.

Ainda no último final de semana, ao amanhecer do "segundo domingo de maio", mais um desastre ali ocorreu. Duas vítimas ao chão, aos extertores, gritando à espera do socorro. Ouvi o entrechoque, o arrastado de carro e motos, os gritos de desespero e dor das vítimas. Depois vi um corpo entre a vida e a morte, fratura exposta, calado, imóvel e o sentimento de fragilidade e revolta das pessoas. Também vi o desespero dos gritos de desperados familiares da vítimas. Um espetáculo indígno, cruel, perverso que conta com a indiferença do serviço público.

Assim pois, Senhor Prefeito, volto-me uma vez mais nestes... CAMINHOS, para uma ingrata réplica do quanto - em vão -  tenho lhe falado tantas vezes. Tantas vezes! Agora com mais esse adendo: duas vítimas ao chão com vidas e patrimônios que se destroem tanto pelo desrespeito às regras quanto pela indiferença dos servidores e do serviço público. Urge, portanto, que providências sejam adotadas no local. Com cópia ao Sr. Jota Ribamar.

                                    *  Viegas questiona o social.