Clemente Viegas

Clemente Viegas

caminhos por onde andei

CHINA – O CARA!
China era o bonitão do pedaço. Forte, atlético, simpático, saradão! Presidente do grêmio da União de Moradores, líder da galera do seu bairro. Até para falar, falava bonito, boa dicção. Dono de um corpo bem dividido, sem precisar fazer exercícios, tudo por conta da mãe-natureza! CHINA, que vivia na proa da vida, quando resolvia dar um dedo de prosa, o que se via era a galera em volta, qual mosquito na manga. Só faltava ser carregado como fazem as formigas “rola bosta”. Conhece?
A mulherada vivia caída pelo cara em tempo integral, ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

TUDO NA VIDA É UM TEMPO
Volta e meia eu prego a frase e o exemplo.  Aliás que os exemplos estão aí, claros, a céu aberto. Assim são os astros e as estrelas dos palcos, do cinema, do disco e da TV, dos estádios, dos grandes auditórios e de tudo enfim. Tem vozes e talento que se derramam, se espalham pelos quatro cantos do mundo. Magnetizam e enfeitiçam plateias que vão ao delírio, à loucura. Vão... vão... e, qual uma nuvem passageira, desfazem-se, espraiam-se, desaparecem. Chega a ser incrível como aquele “tesouro” vai ao pó, à insignificância, ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

OITO DE DEZEMBRO – DIA DA CONCEIÇÃO
Depois de amanhã, oito de dezembro, o Maranhão e o Brasil festejam o dia de Nossa Senhora da Conceição. Os votos e devotos de Nossa Senhora da Conceição são incontáveis nesta Terra de Santa Cruz, vindos da influência dos reis católicos  de Portugal,  bem como da cultura  herdada  ainda nos tempos do Brasil-Colônia dos nossos ancestrais.
De sorte assim que Nossa Senhora da Conceição, a ungida mãe Maria Santíssima, mãe do filho-unigênito, e Redentor faz-se representar em outras tantas Maria (Santa Maria): Maria da Graça, Maria de Fátima, Maria ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

Fiz um texto e dei o título: “Tudo Na Vida é Um Tempo”. Tema concluído, faltava só “lapidar”. Nesse meio de caminho, pensei em mudar o título para “Princípio, Meio e Fim”. No momento da “lapidação”, no entanto, desisti (temporário) da publicação. Vejamos um parágrafo: Dia desses eu folheava na internet e me punha ver nomes de fôlego nas artes, na intelectualidade, na cultura, no cinema, na TV, no esporte e no dinheiro, em passagens incandescentes, sensacionais  e “multimiliardá-rias” com o mundo aos pés e o encanto genuflexo dos vassalos. Seria de imaginar que aquela estrela seria eterna, ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

IMPERATRIZ - UM CHÃO DE TODOS NÓS

(texto que fiz para a REVISTA TOP BRASIL – edição nº 02, de setembro/2015)
Maio de 1.973. Manhã de segunda-feira. O dia das mães “foi ontem”. Foi quando, quase do nada, cheguei a esta cidade. Faz quarenta e dois anos. Isto aqui, naquela época, tinha uma aura de garimpo. Gente chegada e chegando de vários cantos do Brasil e do mundo. Gringos, carcamanos e outros estrangeiros – todo o mundo buscando e tentando esse “garimpo” e oásis chamado Imperatriz. Ônibus, ao que me lembro, chegaram depois uns dois ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

... VÍRGULA, QUASE  TODOS
Tenho setenta cravados e o Criador tem me permitido até aqui realizar todos os meus “sonhos” e ideais. VírguLa, quase todos. Tenho a capacidade de imaginar certas ideias que tantas vezes transformo em ideais. E, quando dou por mim, estou envolvido com aquele “projeto” até o talo. Por vezes mal dou conta da partida, mas vou tocando o ideal na boa vontade, na perseverança, na marra e acabo chegando lá. E assim vou realizando todos os meus sonhos e ideais. VÍRGULA, QUASE TODOS.
Ainda era moleque e o Circo Teatro Riso da ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

“LENDAS RURAIS”
Zé de Fosta, também conhecido por Zé da Gorda, era um sujeito taciturno, fechado, caladão. Não tinha amigos e morava só. Na cumeeira de sua casa morava uma bruta cobra jiboia, cuja hospedagem afastava qualquer buliçoso. Conheci-o morando nas terras do meu avô, num casebre dentro do mato, servido por uma precária vereda, dentro de um matagal.  Meu avô devotava-lhe respeito e exigia que o respeitassem.
Zé de Fosta era um sujeito “asqueroso”, ninguém dele se aproximava também não era de se aproximar de ninguém. Diziam por ali que ele teria vindo das bandas ...

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CAMINHOS POR ONDE ANDEI

UM AVIÃO
Nunca imaginei que dentro daquele Centro de Convenções pudesse transitar livremente, suavemente, languidamente... um avião. Pois é, foi o que aconteceu! Era 5ª. feira à noite, por volta das 20 horas. O movimento de transeuntes era intenso, gente por todos os escaninhos e todos os corredores. E quando me dou conta eis que lá vem... lânguido, abrindo frente,  deslizando suavemente por entre os presentes. Pés no chão, quer dizer no salto alto, quase pedindo passagem.
Uma morena, gataça de fechar o quarteirão, estonteante toda; deslumbrante e deslumbrada. Pressão para dez toneladas. Um tipo voraz ...

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Clemente Viegas

Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social. e-mail: viegas.adv@ig.com.br