Éramos a CASA DO ESTUDANTE SECUNDARISTA DO MARANHÃO, no centro histórico da capital - uma casa obtida de um lesa-Estado e doada pelo Governo aos estudantes secundaristas do Estado, pobres, vindos do interior. Uns oitos apartamentos (quartos) lá em cima, um banheiro coletivo e mais a “GERAL” lá embaixo. A GERAL era o inevitável destino primeiro dos calouros (recém-chegados), que iam subindo à proporção que os apartamentos “lá em cima” iam desocupando. Eu, por exemplo, morei na GERAL, acho que durante uns dois anos, e quando mudei para o apartamento de cima, sofri com ...
Alguém já me que meus textos “têm cara de novela das sete”. Não me regozijei nem me iludi – pois que disso eu já desconfiava. Meu amigo Dr. Lucas Filho, advogado, tornou-se meu leitor cativo e até me liga sorrindo, para comentar os meus textos e chega dizer que “se sente dentro da trama”. Vavá Melo, intelectual, meu conterrâneo baixadeiro, cometeu a insanidade de dizer que “teu estilo me fascina”. Itaerço Bezerra, poeta, intelectual imortal e coisa e tal acaba de me dizer que “você me fez chorar de emoção... é a segunda vez que isso acontece”. Então ...
Devo, para mim mesmo, o dever de transcrever a poesia que intitula o presente texto, porque assim me prometi. É que estando presente ao lançamento do livro – MARILÂNDIA – vale de sonhos e lágrimas, do meu amigo LIVALDO FREGONA, na Academia de Letras local, no “coquetel literário” que ali se celebrou, pude sorver com prazer incontido a poesia LIVALDO COMENDADOR, do incontido prosador e poeta ITAERÇO BEZERRA, que publiquei nestes... CAMINHOS, na edição de domingo passado.
Outro vulcão que ali rebentou foi “PARAFUSO DE CABO DE SERROTE” - ...
E qual é o católico que não quer ser amigo ou ter algum grau de afinidade e de boas relações com o padre da sua paróquia? Os evangélicos não são diferentes! Viver sob as graças e simpatia do seu líder religioso é uma boa referência. O sujeito tanto lá quanto cá pode até tirar uma “carta de seguro”, num indicativo de que está no bom caminho e até mesmo ganhando um lugar ao céu. Afinal, ser amigo do padre (para quem é do padre) ou ser amigo do pastor (para quem é do pastor), ...
LIVALDO FREGONA Certo dia nas minhas irresponsáveis divagações, eu me perguntava sobre “a quê e a quanto se deveria um LIVALDO FREGONA na Academia de Letras? Mais tarde passei a lê-lo e, nas linhas e entrelinhas dos diversos livros de sua autoria, encontrei as respostas que se espalhavam, derramavam, alagavam! E mais: na minha cara me esfregavam! Nas voltas que o mundo dá, volta e meia encontro LIVALDO em minhas respostas. Certa feita, e eu doente, ele me prometeu uma visita, o que nunca aconteceu. Mal sei onde ele mora, acho que nunca nem tomamos sequer ...
Já disse aqui que escrevo e envio um texto, denominado PÁGINA DE SAUDADE assíduo e pontual há mais de dez anos para a Rádio Mirante/AM, programa Clube da Saudade, manhãs de domingo, na apresentação e interpretação impecáveis do barítono e tenor JOSÉ SANTOS. Esta é mais uma PÁGINA DE SAUDADE.
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Esta é coisa do túnel do tempo. Ano de 1962. Faz 56 anos!!!
Havia em São Luís e mares a fora, em tempos de jogos da COPA DO MUNDO, a prática de um “jogo ...
A palavra de Deus nos livros de João e Gênesis nos remete ao lendário “poço de Jacó”, onde Jesus encontrou-se com uma Samaritana e pediu-lhe água de beber. Esse poço, vem da era de Cristo; poço que serviu aos peregrinos que por ali passavam, bem como aos rebanhos que ali bebiam e está construído sobre uma rocha. Situa-se nos arredores do sítio arqueológico de Tell Balata, a Siquém bíblica, na cidade de Nablus, na Cisjordânia e tem atravessado milênios. Esta breve anotação é para situar um ...
Na minha terra, na Baixada do Maranhão, um antigo chão de analfabetos, calejados e sofredores de sol a sol, roceiros do começo ao fim da vida, qual num fim de mundo, ali era doído em tudo. Na hora da morte, aí então!... Aliás que falando isso, lembro-me que, ao meu modo, retratei com fidelidade um tema denominado “VIDA E MORTE, OZEBINHA”, onde narrei a via crucis – dos dois filhos de D. OZEBINHA, uma antiga vizinha. Da morte ao sepultamento.
Pois bem, na minha terra era assim: Quando morria alguém - ...
Viegas, Clemente Barros. (São Clemente papa e mártir). CLEMENTE vem do Almanaque de Bristol, antiga publicação do laboratório farmacêutico. Estudou as primeiras letras na escola da palmatória e dos joelhos ao chão, no sertão. Concluiu o curso primário (na terra natal), no tempo em que a escolaridade era levada a sério. Foi menino de recado e de mandado. Nos cursos Secundário e Técnico no internato da Escola Federal, onde ingressou via do “Exame de Admissão”. Cursou Direito, num tempo em que não havia celular, nem internet, nem FIES, nem as vantagens atuais. Não tinha livros, escrevia em papéis avulsos, taquigrafava as aulas ao verbo dos professores. Morou em casas de estudantes e cortiço, andava a pé, driblou o bonde, poucas roupas, curtiu a “Zona” e jamais dirá que “comeu o pão que o diabo amassou”. Trabalha desde os cinco anos, com intervalo dos onze aos vinte anos. Está na casa dos 73. Não brincou quando criança ou adolescente e na vida adulta tem três brinquedos que os leva a sério: 1 - Escreve a coluna CAMINHOS POR ONDE ANDEI; 2 - Escreve a crônica PÁGINA DE SAUDADE, Rádio Mirante/AM, domingos, há mais de dez anos; 3 - Tem uma “rádio”, com antena de 300 mm de altura, 1.000 a 1500 mm de alcance, com dois ou três ouvintes que, como você vê, “um que pode ser você”. É o rastro e a sombra de si mesmo. É o filho que veio e os pais que se foram. Superou milhares de concorrentes para nascer. É mais um na multidão e considera-se a escrita certa por linhas tortas, na criação do CRIADOR. Cumprimenta os seus interlocutores com votos de “saúde”! E diz aos semelhantes todos os dias que “...a vida continua”. (•) Viegas questiona o social.
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