Ele foi apresentado à imprensa brasileira em dezembro de 2014, mas ainda era um protótipo de testes, a versão chinesa. O crossover tinha uma opção interessante, um câmbio CVT. Demorou, mas chegou. E dessa forma, a JAC Motors percebeu o que realmente o consumidor queria, mais conforto ao dirigir o seu T5.
Tão logo chegou às lojas, o JAC T5 CVT começou sua trajetória de boas vendas, reposicionando a marca chinesa e sendo considerado o chinês mais vendido do Brasil em 2017. De janeiro a maio, o utilitário esportivo vendeu 1.003 unidades, praticamente uma média de 250 por mês. Isso dá a ele a 24ª posição no segmento de SUV.
Ele também vendeu mais que o dobro do rival Lifan X60 no período. Com um visual típico dos carros chineses, mesclando estilos e apresentando muitos cromados, o JAC T5 CVT chama atenção pelos faróis com LEDs diurnos, grade hexagonal enorme, frente longa e corpo volumoso. São 4,32 m de comprimento, que fazem do modelo um dos maiores do seu segmento.
Puxando esse conjunto com entre eixos de 2,56 m, o já conhecido propulsor 1.5 16V JetFlex com seus 127 cv no etanol. Agora com CVT, o motor passa a trabalhar de forma mais mansa, mas isso tem um preço. O valor do modelo começa em R$ 73.490, mas completo, igual ao que avaliamos, sai por R$ 76.990.
Igual ao modelo chinês, exceto pela leve atualização do mesmo, o JAC T5 CVT tem um aspecto não muito equilibrado, já que sua frente é muito longa, destoando do restante da carroceria, mais equilibrada. Ainda assim, não é de todo ruim.
Os faróis duplos apresentam LEDs diurnos, enquanto os faróis de neblina ficam posicionados bem abaixo. A enorme grade hexagonal vem com frisos cromados. A frente longa, no entanto, tem capô curto, já que o para-brisa invade o eixo dianteiro, como se fosse minivan.
As rodas de liga leve aro 16 com pneus 205/55 ficam pequenas diante do volume do JAC T5 CVT. As proteções pretas se elevam em direção à traseira, onde tomam todo o protetor, que vem com luz de neblina e de ré.
O JAC T5 CVT com o Pack 3, que inclui todos os itens disponíveis para o modelo, custa R$ 76.990. Menos que um EcoSport SE 1.6, que sai por R$ 78.800 e não tem a maioria dos itens do chinês. Em performance, o melhor é o rival da GM, que custa R$ 5.000 a mais. O Peugeot 2008 THP é outro, mas com câmbio manual ele deixa de ser tão vantajoso para o consumidor deste segmento.
O SUV compacto da JAC Motors vem bem recheado, mas peca por ter apenas airbag duplo na frente. Poderia acrescentar airbags laterais e de cortina. Fora isso, a multimídia vem com tudo, exceto um visual agradável, mas cumpre seu papel. Os vidros escurecidos dão um toque a mais e deixam o ambiente mais sóbrio.
Ar-condicionado automático, trio elétrico, retrovisor eletrocrômico, câmera de ré, sensor de estacionamento, bancos em couro, multimídia com HDMI e espelhamento, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 16, direção elétrica, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, entre outros, acrescentam bom valor agregado.
Mas, a manutenção é considerada cara: R$ 4.420 até 60.000 km, lembrando que a quinta revisão é gratuita, assim como a primeira de 3.000 km. Tudo pago em até cinco vezes. Até 100.000 km, o JAC T5 CVT alcança altos R$ 7.730 em uma década de serviços programados. O carro em si é realmente interessante e vale a pena experimentar, mas o custo de manutenção elevada espanta muita gente.
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