Chega ao mercado chinês o mini-SUV, ou subcompacto aventureiro se preferir, Refine S2 Mini. Derivado do pequenino J2, o modelo vai além do visual robusto e apresenta um enorme salto em qualidade em relação ao hatch o qual deriva. No Brasil está confirmado para derradeiramente substituir o J2, ainda sem data para estreia e nome definitivo (que pode ser T2).
Equipado com motor 1.3 quatro cilindros a gasolina com 99 cv e 12,8 kgfm de torque, o Refine S2 Mini é menos potente que o J2 brasileiro com seu motor 1.4 quatro cilindros JetFlex de 113 cv e 14,5 kgfm de torque. A transmissão é manual de cinco marchas mas, futuramente, ele poderá ser equipado com câmbio CVT. Como todo hatch aventureiro, a tração é apenas nas rodas dianteiras.
O perfil mais robusto do S2 Mini em relação ao J2 se da pelo capô retilíneo elevado e pela presença (desnecessária) do estepe na tampa do porta-malas. A dianteira ainda exibe faróis com LEDs e bloco elíptico, grande evolução em relação ao monoparábola do irmão J2. Grade generosa com cromados faz parte da nova linguagem visual da JAC.
Na traseira, além do estepe, ganha destaque as novas lanternas posicionadas na parte inferior da tampa, deixando de lado o gigantesco conjunto usado no hatch. Colunas C pintadas em preto seguem a moda dos SUVs. Diferentemente de outros tantos aventureiros, o Refine S2 Mini não apela para molduras pretas nas caixas de roda.
É por dentro que o JAC S2 Mini revela a verdadeira evolução: o estilo é moderno e sofisticado. A parte superior do painel revestida em couro vermelho (que deverá ser trocado por preto no Brasil) é acolchoada, assim como boa parte das portas. Destaque para as saídas de ar com acabamento metalizado e para os comandos dos vidros realocados para as portas. Generosa, a central multimídia é item de série e conta com sete polegadas e Wi-Fi.
Os preços começam em 45.800 yuan (R$ 21.191), o mesmo valor pedido pela versão topo de linha do J2 com o mesmo motor 1.3.
Montadoras preveem recuperação em 2017 com crescimento de 4% nas vendas
Após retração na produção e venda de veículos em 2016, as montadoras esperam que o mercado interno do setor se recupere em 2017. A estimativa da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgada ontem (5), é que as vendas cresçam 4% em relação às 2,05 milhões de unidades comercializadas ao longo do ano passado.
Em 2016, o setor enfrentou retração de 20,2% nas vendas e queda de 11,2% na produção em relação a 2015. As vendas de carros de passageiros, por exemplo, tiveram queda de 16,7% no ano em relação a 2015, com o licenciamento de 1,48 milhão de unidades.
Segundo a Anfavea, um dos fatores que deve contribuir para a melhora da situação são as exportações. No ano passado, as vendas para o exterior cresceram 24,7%, totalizando 520,2 mil unidades. Para 2017, a entidade prevê a expansão de 7% na comercialização de veículos para outros países.
"A gente está assumindo que alguns acordos que estão em fase final de negociação deverão ser concluídos", ressaltou o presidente da entidade, Antonio Megale, que citou as conversas entre Brasil e Colômbia para fechar um acordo automotivo.
"A questão da exportação é fundamental para que a gente possa utilizar a nossa capacidade produtiva, jJá que o mercado interno está ainda bastante fraco. O aumento das exportações permite que a produção se mantenha em níveis melhores."
Em dezembro de 2016, as vendas para o exterior bateram recorde, segundo Megale. Foram comercializadas 62,9 mil unidades, um aumento de 36,1% em relação ao mesmo mês de 2015. "Foi o melhor dezembro de exportação da história do país. E o melhor mês desde agosto de 2014", comparou.
Megale espera que setores como o de caminhões e máquinas agrícolas cresçam um pouco acima da média da indústria de veículos como um todo. Em 2016, as vendas caminhões tiveram retração de 30,6% em relação a 2015, com o licenciamento 48,7 mil unidades. "Os caminhões nós voltamos ao emplacamento de 1999 e capacidade ociosa continua acima de 75%", destacou.
Emprego
Com algumas montadoras contratando e outras reduzindo o quadro de funcionários, a estimativa da Anfavea é que o setor encerre 2017 em um patamar semelhante ao de 2016 em relação ao número de empregados. A indústria automotiva encerrou o ano passado com 9,3 mil vagas a menos do que em dezembro de 2015. (Daniel Mello / Agência Brasil)
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