Lançado depois de duas apresentações estáticas, que mais parecia avaliação sobre receptividade que o modelo poderia ter, a Honda finalmente lançou o WR-V. Pesou, o fato de que, desde que deu as caras no Salão do Automóvel de 2016, o veículo não vem sendo tratado como um SUV copacto como pretende a montadora e sim, classificado como uma versão aventureira do monovolume Fit.
A partir da plataforma, da lateral, do interior e do conjunto mecânico, é impossível não perceber tantos elementos do Fit. Daí não restar outra conclusão: o WR-V nada mais é que a versão aventureira do Honda Fit, como o tem classificado a imprensa especializada. Mas nem tudo é ruim, Se não traz toda a valentia qu se espera de um SUV, agrega a boa vida a bordo típica de um monovolume.
FORD ECOSPORT X RENAULT DUSTER X HONDA WR-V
Entr os especializados, há quem avalie, vamos dizer assim, o pulo do gato. Num mercado em que o segmento monovolume está em baixa e o dos utilitários-esportivos é o único a crescer porque não buscar dar uma versão para o pequenino Fit? É um up-grade em busca de ser, novamente atraente.
Mais que nunca, tudo indica, nada se cria, tudo se copia. Lembra dos primeiros modelos surgido no segmento dos SUVs compactos? Enquanto, o Ford EcoSport é derivado do Fiesta, o Renault Duster tem a mesma plataforma (alongada) e mecânica do Sandero. O diferencial é que esses SUVs trazem carrocerias completamente distintas dos hatches, virando então, outros modelos, enquanto o Honda WR-V mantém a mesmíssima carroceria do Fit. Daí a consideração, versão aventureira reccebida.
PORTE
A verdade é o porte do modelo não impressiona, feita todas as tentativas de passar a impressão de que o WR-V é um veículo mais robusto - com o capô mais alto, rack de teto, molduras nas caixas de rodas e elementos de design horizontalizados - o porte do modelo não impressiona. Já o interior é idêntico ao do Fit, incluindo os versáteis bancos, que permitem várias combinações. Espaço interno e visibilidade são outros atributos. Apesar de simples, já que não há bancos revestidos em couro nem na versão de topo, o acabamento é bom.
CONTEÚDO
Se o WR-V não é um SUV, é um bom veículo. Embora o preço seja assustador a ponto de não justificar seus bons atributos. E o conteúdo não surpreende. A versão EX custa R$ 79.400 e traz principalmente airbags frontais e laterais, Isofix, faróis de neblina, luzes diurnas, rack de teto, bancos revestidos em tecido, ajuste de altura para o banco do motorista, câmera de ré multivisão, controle de velocidade de cruzeiro e sistema multimídia com tela de cinco polegadas, CD, Bluetooth, USB e telefonia. Já a versão EXL, que custa R$ 83.400, acrescenta airbags de cortina e multimídia com tela de sete polegadas, navegador e conexão wi-fi.
O conjunto mecânico é o mesmo do Fit, que combina motor 1.5 flex e câmbio automático tipo CVT - com potências de 115cv (gasolina) e 116cv (etanol) a 6.000rpm e torques de 15,2kgfm (g) e 15,3kgfm (e) a 4.800rpm -, que tem desempenho correto, mas nada emocionante. As suspensões foram aprimoradas e oferecem bom compromisso entre conforto e estabilidade. Para se aventurar com o WR-V, o motorista conta apenas com suspensão elevada (a altura em relação ao solo é de 17,4cm) e ângulos de ataque e saída de 21 e 33 graus, respectivamente.
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