O Conar - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária - advertiu as marcas Fiat, Ford e GM, após acusação da associação de consumidores Proteste sobre as campanhas das três marcas com apelo sustentável e ambiental, mas que em realidade não entregam ao cliente o que divulgam.

A prática é conhecida no meio como greenwashing, um anglicismo que indica a injustificada apropriação de virtudes ambientalistas por parte de organizações ou empresas. Diante disso, o Conar exige que as campanhas acusadas pela Proteste sejam alteradas. No caso da Fiat, a questão envolve o termo "Pneu Superverde", com a promessa de baixo consumo e alta durabilidade atribuídas à tecnologia sustentável.
Para a Proteste, os rendimentos do pneu em si não estão em causa, mas a alegação de que a tecnologia é sustentável, pois não contempla fatores como produção, uso e descarte do produto, o que derruba a colocação do fabricante de que o pneu é "verde". No caso da Ford, a propaganda é sobre o Fusion equipado com motor EcoBoost, que insinua baixa emissão de CO2 através de um equilíbrio melhor entre potência e economia. Porém, na classificação do Inmetro, o sedã mexicano tem nota "D" e nem possui o selo Conpet de eficiência energética.
Por fim, a GM foi advertida no caso do termo "Eco", utilizado em alguns modelos mais recentes da Chevrolet, dependendo do conjunto motriz utilizado. Na campanha, embora a montadora tenha descrito a identificação como "econômico", melhoria nas emissões de poluentes foram citadas no anúncio, o que leva o consumidor a crer que o produto tem apelo sustentável, de acordo com o Conar. Assim, a marca - como as demais - terão de refazer suas campanhas nesses casos.