Lançado em abril do ano passado, o Chery QQ de nova geração acaba de ganhar novidades. Agora o hatch é produzido em território nacional, sendo o segundo modelo da montadora chinesa a sair da linha de produção de Jacareí (SP), que é responsável também pela montagem do Celer nas carrocerias hatch e sedã. O novo modelo já está disponível nas concessionárias e conta com duas versões de acabamento.
"O New QQ nacional já chega ao mercado com boas notícias, desbancando seus concorrentes no quesito eficiência, emissão, índice de reparabilidade e custo de seguro. São fatores que contam positivamente no momento de decisão de compra por parte do consumidor, cada dia mais consciente e responsável, financeira, social e ambientalmente. Temos uma nova geração de QQ pronta para conquistar os consumidores mais exigentes", declara Luis Curi, vice-presidente executivo da Chery Brasil.
Para o responsável pelo marketing de produtos da divisão brasileira da Chery, Thiago Marques, a montadora deu "mais um grande passo na questão de competitividade, além de sólidas melhorias realizadas no line-up da família New QQ. Temos um diferencial muito considerável, a produção em solo nacional. As evoluções não param, estamos convictos do potencial desse produto no país e nossos esforços estão concentrados para cada vez mais aumentar a competitividade da gama atendendo às necessidades do cliente nesse segmento".
A versão nacional do Chery New QQ segue com o mesmo visual do modelo importado. Assim como a geração anterior, o carrinho ostenta um visual carismático.
O destaque vai para a dianteira da carroceria, que exibe faróis com formato "quadrado arredondado", capô curto e para-choque com detalhes diferenciados e tomada de ar e faróis de neblina integrados em uma peça só. Já nas laterais, há um vinco marcante acima das maçanetas e outros dois na parte inferior das portas, janelas com formas arredondadas nas extremidades e maçanetas traseiras em uma posição mais elevada. A traseira, por sua vez, exibe tampa do porta-malas inteiramente em vidro, formando conjunto com as lanternas verticais, além do para-choque que segue a mesma linha da peça frontal.
Já o interior, assim como os demais modelos da categoria, abusa do plástico no acabamento. O painel apresenta desenho convencional, mas apresenta alguns cortes de custo, como é o caso do porta-luvas sem tampa e os comandos dos vidros elétricos instalados no console central. Há ainda painel de instrumentos digital e mais de 14 espaços para armazenamento de objetos.
O New QQ mede 3.564 mm de comprimento, 1.620 mm de largura e 1.527 mm de altura, com distância entre-eixos de 2.340 mm. Já o porta-malas tem capacidade para apenas 160 litros, podendo chegar a 636 l com os bancos traseiros rebatidos.
Para efeito de comparação, a antiga geração do Chery QQ mede 3.550 mm de comprimento, 1.495 mm de largura e 1.485 mm de altura, com distância entre-eixos de 2.340 mm. O porta-malas leva até 190 l.
Quanto às versões, o New QQ dispõe da Look e da ACT. A primeira, que figura como a opção de entrada da linha, é equipada de série com airbag para motorista e passageiro, cintos de segurança dianteiros e laterais traseiros de três pontos, luzes de condução diurna, freios ABS com EBD, apoios de cabeça dianteiros e traseiros com ajuste de altura, imobilizador do motor, alarme de luzes de portas abertas, brake light, ar-condicionado, vidros elétricos traseiros, bancos revestidos em tecido, banco do motorista com ajuste de quatro posições, bancos traseiros rebatíveis, rádio AM/FM e USB, dois alto-falantes, direção hidráulica, para-sol dianteiro com espelho (passageiro), dois porta-copos dianteiros, trava central por comando remoto, entre outros.
Há ainda farol com ajuste elétrico de altura, acabamento interno com painel dual color, painel de instrumentos digital, função de aviso de revisão, computador de bordo com informações de pilotagem, rodas de aço com calotas de proteção, retrovisores externos com capas em preto, maçanetas externas na cor preta, para-choques dianteiro e traseiro na cor da carroceria e antena de teto.
Já o Chery New QQ ACT se diferencia pelos vidros elétricos traseiros, retrovisores externos com ajuste elétrico, vidro traseiro com limpador e aquecimento, rodas de liga-leve de 14 polegadas e sistema de som com quatro alto-falantes.
As duas variantes do Chery New QQ são equipadas com um motor 1.0 litro de três cilindros, desenvolvido pela Acteco, com bloco de alumínio e cabeçote composto de 12 válvulas, alimentado por um sistema de injeção direta de gasolina, que consegue entregar 69 cavalos de potência, a 6.000 rpm, e 9,5 kgfm de torque, a 4.000 rpm. Este propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão manual de cinco velocidades.
De acordo com o divulgado da fabricante, o conjunto motriz do hatch nacional é considerado um dos mais eficientes e econômicos do país. Nos testes do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), divulgado pelo Inmetro em abril, o modelo registrou consumo de 11,9 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada, com notas "A" na comparação relativa na categoria e "B" na comparação absoluta geral, com selo Conpet de eficiência energética.
Ainda na parte mecânica, o QQ nacional traz sistema de suspensão dianteira tipo MacPherson, com molas helicoidais, amortecedores de dupla ação e barra estabilizadora, enquanto a suspensão traseira usa estrutura de eixo rígido com molas helicoidais e amortecedores de dupla ação.
O modelo conta ainda com mudanças no sistema de ruídos, com inclusão de uma manta de isolamento acústico em toda a estrutura do veículo e sistemas a prova de som e absorção de impactos sonoros.
O subcompacto também carrega o título de primeiro carro de uma montadora chinesa a fazer parte do ranking Car Group do Cesvi Brasil, que lista os modelos com os melhores índices de reparabilidade, ou seja, os automóveis que oferecem a melhor relação entre custo e facilidade de reparos, que impactam diretamente não só no bolso do consumidor, como também no momento do cálculo do seguro, pelas empresas seguradoras.
Com a chegada da versão nacional, é provável que o Chery New QQ torne-se mais competitivo no mercado brasileiro. Em setembro deste ano, o subcompacto conseguiu emplacar apenas cinco exemplares. Já no acumulado do ano, foram 326 unidades comercializadas. Para efeito de comparação, o JAC J2 teve 25 modelos vendidos em setembro e 195 desde janeiro, enquanto o Volkswagen up! registrou 1.863 e 28.569, respectivamente, e o Fiat Mobi, 3.264 e 17.089.
O JAC J2 tem preço inicial de R$ 35.990 e é equipado com um motor 1.4 litro flex de até 113 cv. Entre os itens de série da versão de entrada, há freios ABS com EBD, airbag duplo, vidros dianteiros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, retrovisores e maçanetas na cor da carroceria, volante com ajuste de altura, direção elétrica, porta-malas com abertura elétrica, kit preparação para som, entre outros.
Já o Fiat Mobi, que custa a partir de R$ 32.380, usa um motor 1.0 flex de até 75 cavalos de potência, e dispõe de equipamentos como airbags frontais, freios ABS com EBD, banco traseiro bipartido e rebatível, painel de instrumentos com display digital de 3,5 polegadas, rodas de aço de 13 polegadas com calotas, entre outros.
Por fim, o Volkswagen up! na versão de entrada, que custa R$ 34.430 e é equipada com um motor 1.0 litro flex de até 82 cv, é equipado com airbags frontais, freios ABS com EBD, duas portas, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, banco do motorista com ajuste de altura, chave canivete, rodas de aço de 14 polegadas com calotas, entre outros.