(Itacajá-TO) - O vereador Jasson Quirino (PSDB), da Câmara Municipal de Itacajá, afirmou nessa segunda-feira, 21, que a União dos Vereadores do Tocantins (UVT) está com uma dívida de R$ 289.164,00. Segundo ele, o dívida é de “origem duvidosa”. “É fruto da má gestão, de quem não soube administrar com responsabilidade os valores arrecadados junto às Câmaras Municipais filiadas”, disse.
Quirino também contou que, segundo relatório da comissão da UVT que fez um levantamento da situação, tendo relator o vereador Sebastião Xavier, da Câmara de Aurora do Tocantins, o presidente da instituição, Ivaldo Barros de Oliveira (PV), teria emitido 23 cheques sem fundo em nome da entidade.
“Inclusive comprou móveis para a instituição num valor de R$ 32 mil, pagou pouco mais de R$ 3 mil, e vendeu os mesmos móveis, em pagamento de dívidas. Que absurdo! Cada câmara municipal associada paga uma mensalidade na ordem de R$ 545 mensalmente, para a UVT, dinheiro público tirado do duodécimo repassado pela prefeitura municipal. Pior ainda é que todos os bens da UVT estão sendo penhorados por ordem judicial e a UVT não tem como pagar os credores”, garantiu Quirino.
Ainda conforme o vereador, o carro doado à UVT pelo ex-senador Eduardo Siqueira Campos, senador João Ribeiro (PR) e pelo deputado federal Eduardo Gomes (PSDB) também foi “dado em pagamento de dívida”.
A instituição ganhou, ainda conforme o parlamentar, uma área de cerca de 6 mil metros quadrados, localizada ao lado da Escola de Tempo Integral Padre Josino, em Palmas, para a construção da sede própria. “A área também está sendo vendida para pagamento de dívida. O sonho que a UVT alimentou durante 22 anos de possuir sua sede própria, como as demais entidades, agora se acabou. Não conseguiremos outra área, a instituição se afundou. A sede da UVT, não tem endereço, a entidade foi despejada, ela está num cantinho do prédio da Assembleia Legislativa chamado Espaço do Vereador”, garantiu Quirino.
De acordo com o vereador, o governo do Estado, o Ministério Público Estadual (MPE) e os próprios vereadores não têm conhecimento “desta aberração”. “Vender uma área pública somente para pagar dívidas que não tem como ser justificada é um absurdo. Por isso, peço que tomem providência, se manifestem antes que seja tarde demais. Quem fez dívidas por sua própria conta e risco, sem autorização prévia da classe, que pague”, recomendou.
Caso a venda do lote seja efetivada, o vereador afirmou que irá reunir assinaturas juntos aos vereadores e vai entrar com uma ação junto ao MPE para verificar a origem das dívidas.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o presidente da UVT, Ivaldo Barros de Oliveira (PV), que é vereador em Angico, mas até o fechamento da matéria não teve retorno.
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