Por Zacarias Martins
 
Neste  14 de novembro a cidade de Gurupi, no sul Estado do Tocantins, chega aos 54 anos de emancipação política, mas com um corpinho de fazer inveja a muita dondoca adolescente.
É uma jovem senhora, reconheço, porém, mais jovem do que senhora, ou melhor, senhora do meu destino e de muita gente que por aqui vive.
Apesar de uns buraquinhos aqui outros acolá (coisa que se pode consertar), essa menina está com um corpinho bem enxuto. Não foi preciso ainda fazer uma lipo, mas há  quem defenda a colocação de silicone em pontos estratégicos.

Intriga da posição!
Gurupi vai muito bem, obrigado. Como eu a amo, (e amo de paixão). Minha visão apaixonada me deixa praticamente míope para não enxergar seus defeitos.
Enxergar pra quê? Quem ama verdadeiramente, só enxerga qualidades em quem se ama.
Está bem, confesso: é um amor platônico. Também pudera, quis Deus que eu nascesse poeta. E os poetas, quando apaixonados, são platônicos. (E eu não fui excessão à regra, apesar de não saber quem a inventou).
Êta Gurupi faceira, festeira, carnavalesqueira, poeteira e tantos eiras que já me fogem à lembrança e me deixam sem beira.
Gurupi também é materneira (e não é brincadeira). A cidade é tal qual o coração de mãe: sempre cabe mais um. E não é que há vinte e tantos anos ela me adotou com mais um de seus filhos diletos?
O mesmo aconteceu com muita gente que aqui chegou, acabou fincando raízes, deu frutos e hoje fala com orgulho sobre a paixão se ser gurupiense.
E por falar nisso, esta cidade me ensinou que ser gurupiense é um estado de espírito, já que a cidade por si só nos dá ânimo para seguirmos em frente em nossas jornadas.
Aprendi que ser gurupiense, verdadeiramente, é  não perder esperança. É acreditar que mesmo nas dificuldades, dias melhores virão, pois o melhor de Gurupi é a sua gente.