A cooordenadora de auditorias especiais do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE), Lígia Braga, apresentou nesta quarta-feira, 5, o resultado do “Programa TCE com Você na Escola”. O Programa, que foi implantando em setembro de 2011 e normatizado pela Instrução Normativa 04/2012, promoveu um acompanhamento em 27 escolas do 6º ao 9º ano.
De acordo com a coordenadora, participaram da pesquisa 716 alunos, 285 professores e 388 pais, do total de instituições de ensino visitadas.
“A avaliação escolar foi realizada utilizando técnicas da auditoria operacional, através da aplicação de questionários, entrevistas e inspeção in loco”, explicou Ligia durante coletiva com a imprensa realizada nesta quarta-feira.

Números
Nas 27 escolas monitoradas foi questionado se havia registro de violência contra professores. As unidades responderam que 71,43% dos docentes não tinham sofrido agressão; 25% afirmaram o abuso e 6% ficaram sem responder.
Quanto a apreensão de drogas e bebidas alcoólicas nas escolas a pesquisa registrou que 78,57% responderam que não; 14% disseram sim e 7,2% não responderam.
Na pesquisa, também ficou constatado que 52,79% dos alunos sentem segurança na escola; 65,61% dos professores também demostraram o mesmo sentimento e 57,73% dos pais afirmaram que também sentem.
Quanto aos principais problemas levantados nas unidades educacionais em relação à estrutura, a infiltração ficou em primeiro lugar, apareceu com 50% e o vazamento apareceu em último, com 10,71%. No campo da merenda, 56,42% dos alunos disseram que não sabem da importância do lanche.
Lígia Braga foi enfática ao afirmar que as escolas continuarão sendo monitoradas em 2013. “Algumas ações que não foram implementadas serão acompanhadas de perto pelos auditores operacionais”, ressaltou a coordenadora, afirmando que a intenção do TCE é estender o projeto para o Estado.

Análise
O Programa TCE com Você na Escola analisou os seguintes aspectos: instalações físicas; equipamentos; transporte escolar; segurança; limpeza; corpo docente e discente; opinião dos pais e alunos sobre a escola.
“O resultado foi bastante satisfatório. O principal objetivo do projeto não era punir algum gestor, mas buscar solução rápida de problemas. Com depoimentos dos alunos e dos diretores e professores, temos certeza de que alcançamos a meta. Hoje, toda a sociedade percebe que houve mudança nas escolas”, afirmou.
Ligia contou que do total de instituições de ensino visitadas, apenas nove apresentaram impropriedades graves, e que algumas já apresentaram ações para solucionar as falhas diagnosticadas.
Segundo ela, algumas escolas apresentavam banheiros sem portas e botijões de gás expostos na entrada da escola.
“Estes exemplos foram algumas das irregularidades que já foram sanadas. Com a participação dos entrevistamos, não só alcançamos o objetivo, como provocamos uma mudança cultural”, disse.

Relação das 27 Escolas Avaliadas
Aprígio Thomas de Matos / Anne Frank / Antônio Carlos Jobim / Antonio Gonçalves de Carvalho Filho / Aurélio Buarque de Holanda / Beatriz Rodrigues da Silva / Caroline Campelo / Crispim Pereira de Alencar / Daniel Batista / Darcy Ribeiro / Eurídice Melo / Henrique Talone Pinheiro / João Beltrão / Jorge Amado / Luiz Gonzaga / Luiz Nunes de Oliveira / Marcos Freire / Maria Júlia Amorim Soares Rodrigues / Maria Rosa de Castro Sales / Mestre Pacífico Siqueira Campos / Monsenhor Pedro Pereira Piagem / Padre Josimo Morais Tavares / Olga Benário / Profª Sueli Pereira Reche / Sávia Fernandes Jácome / Thiago Barbosa / Vinícius de Moraes

Escolas com impropriedades
Anne Frank / Aurélio Buarque de Holanda / Beatriz Rodrigues da Silva / Darcy Ribeiro / Luiz Nunes de Oliveira / Mestre Pacífico Siqueira Campos / Monsenhor Pedro Pereira Piagem / Padre Josimo Morais Tavares / Profª Sueli Pereira Reche