Uma audiência pública irá debater nesta quinta-feira (23) a situação de centenas de obras públicas paralisadas em todo o Tocantins. São 506 no total. A reunião acontecerá no Plenarinho da Assembleia, a partir das 14h, sob a presidência do deputado Elenil da Penha (MDB), que preside a Comissão de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transporte, Desenvolvimento Urbano e Serviço Público.
O deputado revelou que o Governo do Estado tem 168 obras paralisadas e um déficit de quase R$ 2,5 bilhões para executá-las. "Não tem nem previsão orçameentária", acrescentou. São obras de pavimentação, conjuntos habitacionais, escolas, hospitais, saneamento e várias outras. Uma das maiores é o Hospital Geral de Araguaína, no norte do estado, que sozinho custaria mais de R$ 167 milhões.
Só na Agência Tocantinense de Obras (Ageto) são 57 no valor total de R$ 1,426 bilhão, mas a pasta só tem no orçamento de R$ 626 milhões. Na educação e esporte são 29 obras paralisadas, 79 na infraestrutura e 3 na saúde. Contabilizando com as obras executadas pelos 139 municípios, o número ultrapassa 500 obras paralisadas em todo o Estado.
Conforme o deputado, a audiência visa buscar soluções para triste realidade. "Até o momento não se tem uma resposta para a sociedade sobre essas obras que são muito importantes para o desenvolvimento do Tocantins", disse Elenil.
Para o parlamentar, os impactos negativos dos recursos paralisados, cerca de R$ 3 bilhões, são grandiosos, sendo esse um problema existente há vários anos necessitando de solução rápidas. "À medida em que essas obras forem concluídas melhoram as atividades da população, do próprio governo e do poder público de todas as esferas", garantiu o deputado.
Elenil sugeriu ao executivo estadual que busque no judiciário as respostas e soluções cabíveis, para resolver os problemas que ocasionaram a interrupção dessas obras.
O deputado comunicou que o secretário de Infraestrutura, Cidades e Habitação, Renato de Assunção estará presente na audiência e convidou os demais parlamentares e também os prefeitos dos municípios onde existem obras paralisadas.