(PALMAS-TO) - Ações eficientes de vigilância e prevenção garantem ao Estado do Tocantins mais de 10 anos sem ocorrência de casos de Febre Amarela em humanos, o último registro aconteceu no ano de 2000. A Sesau - Secretaria de Saúde do Tocantins vem estruturando a vigilância e prevenção desta doença com ações conjuntas que envolvem Estado e municípios no controle da circulação do vírus e homogênea cobertura vacinal.
De acordo com a coordenadora de dengue e febre amarela da Sesau, Christiane Bueno Hundertmarck, na ocorrência de epizootias (mortes de macacos) os 139 municípios seguem um instrutivo elaborado pela Secretaria. A coordenadora ressalta que as epizootias são um sinal de alerta, ou seja, na ocorrência da morte de macacos “existe a possibilidade da circulação do vírus da febre amarela em determinada região”, disse.
“A partir da notificação de epizootias, que é uma notificação compulsória, ou seja, obrigatória e determinada pelo Ministério da Saúde, é mobilizado uma equipe de técnicos da coordenação de Dengue e Febre Amarela, núcleo de Entomologia, Imunização, Lacen – Laboratório de Saúde Pública e profissionais do nível local. A finalidade da equipe técnica é realizar coleta dos animais mortos, vigilância entomológica e busca ativa da situação vacinal dos moradores da região”, explicou Christiane.
No período de 2007 a 2012 foram notificados 69 casos de epizootias, destes houve apenas uma confirmação da circulação do vírus em 2008, no município de Dianópolis. Os demais foram descartados após análises laboratoriais.
O Tocantins é considerado área endêmica para circulação do vírus da febre amarela, diante disto a Secretaria alerta a população que ao encontrar animais mortos ou doentes (macacos), avise imediatamente à Secretaria de Saúde, ligando gratuitamente para 0800 646 3227 ou (63) 3218-4882.

Vacina
Em outra vertente, a Secretaria da Saúde, por meio da Coordenação de Imunização, está garantindo a disponibilidade da vacina contra a Febre Amarela em 289 salas de vacinas existentes no Estado. A distribuição é feita em dois centros - um em Palmas, que distribui para 80 municípios e um pólo de imunização em Araguaína, que entrega para outros 59.
No ano passado foram imunizadas mais de 88 mil pessoas, sendo que em menores de um ano ultrapassaram-se as 23 mil doses aplicadas. “Por ser uma doença grave e com alta letalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida”, explica Marlene Alves, coordenadora Estadual de Imunização.
Marlene orienta que se for deslocar para uma região endêmica, precisa estar vacinado, com pelo menos dez dias que antecede a viagem.
Outra preocupação do Estado é a circulação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela em zonas urbanas, daí a importância de manter o cartão de vacina atualizado. A vacina está disponível para adultos e crianças a partir dos nove meses de idade, havendo a necessidade de uma nova aplicação a cada dez anos.
Não perca tempo consulte seu cartão de vacina agora mesmo e garanta a sua proteção contra esta doença. O êxito do controle da circulação do vírus no Estado é um esforço de ações conjuntas, governo, municípios e sociedade.

Doença
A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda, transmitida por mosquitos, que pode levar à morte. Os sintomas mais comuns são: febre alta, calafrios, vômitos, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e diminuição da urina.
Esta doença apresenta formas epidemiológicas distintas: febre amarela silvestre e urbana. Na silvestre, o mosquito transmissor é o Haemagogus que vive em matas e vegetações à beira dos rios. Já na febre amarela urbana, o mosquito transmissor é o mesmo que transmite o vírus da dengue, o Aedes aegypti.