A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Tocantins passa por um momento delicado financeiramente e deve fechar três agências do interior. Segundo o titular do órgão federal, o orçamento de 2017 aprovado pelo Congresso Nacional, que era de R$ 1.795.843,00 milhão, foi reduzido, em maio, a R$ 1.257.090,10 milhão. O corte de 33,3%, que equivale a R$ 538.752,90 tem inviabilizado, segundo ele, a manutenção das unidades.
“O fechamento das agências foi analisado com coerência técnica e não trará prejuízos a prestação dos serviços. Ela implicará em redução de despesas para adequação do orçamento de 2017 e com um possível beneficiamento da sociedade no ano que vem, com o uso desses recursos no serviço móvel de atendimento, que pode até expandir a prestação de serviços do Ministério em lugares que ele não está”, declarou Celso Amaral, durante entrevista.
O superintendente disse que apesar de já estar adotando medidas de contenção de gastos, como redução de contratos e economia de energia, foi pego de surpresa ao receber o documento que comunicou a redução da disponibilidade orçamentária do órgão. “Fizemos várias reuniões para poder discutir o que se deve fazer e uma das soluções que nós encontramos foi fechar as agências. Não tem como manter as agências”, disse.
Além da sede em Palmas, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) conta com cinco unidades no interior do Tocantins: em Gurupi, Araguaína, Dianópolis, Araguatins e Porto Nacional. Conforme Celso, a demanda de serviços é grande em Gurupi, em Araguaína e na sede. “Nas demais agências é baixa a movimentação de serviços e um custo muito alto para manter”, afirma o superintendente.
Segundo Celso, com o fechamento dessas três agências, a economia durante quatro meses será de cerca de R$ 101.667,20. Questionado sobre o possível prejuízo ao atendimento à população, Celso argumentou que os serviços prestados pelo Ministério do Trabalho continuaria sendo realizados pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), que também possui unidades nessas cidades, e, portanto, não haveria dano ao trabalhador.
Só o essencial
Durante a entrevista, Celso enfatizou que na planilha de gastos do órgão não consta despesas supérfluas. “O orçamento já é absurdamente baixo, fazemos só o essencial”, afirmou. Ele disse ainda ter reduzido o quadro de contratos e apesar de já ter conseguido uma economia, ainda terá que tomar outras medidas para conseguir fechar as contas da regional sem déficit.
O fechamento das agências depende apenas do aval do ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira. Caso ele não aprove a medida pleiteada pela Superintendência do Tocantins, a manutenção das unidades pode ficar insustentável, alerta Celso. “Vai ser muito pior, porque meu orçamento só garante o funcionamento até o final de agosto. Do final de agosto pra frente, se eu não fechar as agências, não tem dinheiro pra funcionar mais nada, vai ser o caos completo”, finaliza.
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