(PALMAS-TO) - A deputada estadual Solange Duailibe (PT) afirmou nesta terça-feira, 7, que está aliviada após o julgamento, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) das ações que tramitavam contra ela, pedindo a cassação do seu mandato. No final da tarde dessa segunda-feira, 6, o pleno do TRE decidiu a favor da deputada por quatro votos contra dois.
Em entrevista a imprensa, a parlamentar disse que sempre acreditou na Justiça. “A verdade sempre prevalece. Ela sempre vem”, comentou.
Solange destacou também que o processo “não foi fácil”, inclusive pelo fato de um colega de partido – seu suplente, o petista Ivan Vaqueiro - ter sido autor de uma das ações questionando o seu mandato. “Não é comum um suplente de deputado do seu próprio partido querendo o seu mandato”.
Solange também criticou a postura adotada pelo PT durante a tramitação do processo na Justiça Eleitoral tocantinense. “A posição do PT neste processo foi a mesma que ele tem em relação à minha pessoa, ao meu mandato, à minha representatividade, que é a indiferença. O Partido dos Trabalhadores me exclui. Mesmo antes de eu sair dos seus quadros, ele já me exclui como deputada, me trata com indiferença. E foi assim a posição do partido durante todo o processo”, considerou.
Questionada se pensa em mudar de partido, com a brecha aberta pela fusão entre o PPS e PMN, assegurou que não descarta esta possibilidade. “Eu vou estar trabalhado e discutindo para tomar esta decisão. Há uma dificuldade de convivência dentro do partido. No PT do Tocantins é muito difícil a convivência com os dirigentes, com alguns dirigentes partidários. Estava esperando esse processo ser julgado para agora definir junto com os outros companheiros. Mas não descarto”, frisou.

Sobre as ações
Sobre os processos julgados nessa segunda-feira  referentes à deputada, o primeiro deles, trata-se de uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo movido contra Solange e pelo também petista e primeiro suplente de deputado estadual, Ivan Alves de Oliveira, conhecido como Ivan Vaqueiro. A outra ação, um Representação, foi movida pelo Ministério Público Eleitoral. Tanto a representação quanto a Ação dizem respeito à origem não comprovada de recursos utilizados em campanha por Solange Duailibe no valor de R$ 230 mil.