Dono de propriedades no Mato Grosso do Sul e no Tocantins, o engenheiro agrônomo Rogério Zart aderiu a um sistema de plantio que garante ser mais econômico e unir praticidade com produtividade. É o projeto "Pioneiros", trazido por uma multinacional e que já possui adeptos em oito Estados do Brasil. Uma das principais características é a economia de insumos e, consequentemente, redução dos custos.
"Há tempos venho me preocupando com a baixa eficiência e custos dos fertilizantes convencionalmente utilizados na agricultura. Já evoluímos muito em outras tecnologias de produção, como o plantio direto, agricultura de precisão, transgenia para resistência a pragas, mas, em relação à adubação, ainda a praticavamos como nossos avós faziam", afirma o agricultor.
Zart acredita que a técnica pode ser uma ferramenta para o agricultor reduzir custos e perdas de nutrientes, aumentando a produtividade. "A técnica, aliada à alta tecnologia, irá impactar diretamente na produtividade e na diminuição de custos da cultura como um todo, considerando a operacionalidade do plantio", ressalta o agricultor.
TÉCNICA
"Conseguimos implantar a técnica com muito sucesso em solo brasileiro e, a cada safra colhida, conquistamos a credibilidade de agricultores e afirmamos a sua eficiência", explica Nelson Schreiner Júnior, da multinacional que trouxe o experimento ao Brasil. Segundo ele, com a substituição total ou parcial de adubos granulados, o novo manejo prevê a adubação fluida no sulco de plantio, evitando perdas e má distribuição de insumos.
Schreiner explica que as plantadeiras são adaptadas com tanques e bicos e mangueiras são fixados para a condução da combinação de fertilizantes no sulco de plantio. "Além desta adaptação nas plantadeiras, o segredo da técnica é a combinação dos fertilizantes Nucleus®, contendo fósforo, potássio, nitrogênio e enxofre, e do Maxifós®, composto por ácidos húmicos e fúlvicos, aminoácidos e extrato de algas, que são depositados no solo junto com as sementes", revela.
PRODUTIVIDADE
Na safra 2014/2015, áreas tratadas com a nova tecnologia apresentaram cerca de 15% de aumento de produtividade. "Este aumento de produtividade se dá graças à eficiência dos produtos envolvidos, que aceleram o arranque, melhoram o desenvolvimento radicular e estimulam a atividade dos microrganismos, até mesmo potencializando o efeito dos inoculantes", explica Schreiner.
NO SUL
A rapidez da operação de plantio, comparando ao uso de fertilizantes sólidos granulados, é uma das características do Projeto Pioneiros que tem atraído a atenção de experientes agricultores gaúchos. Ronaldo Kuhn, diretor de uma empresa que presta assistência a produtores de soja da região das Missões e Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, confirma as vantagens da prática. "Os agricultores que atendemos estão atraídos pela possibilidade de produzir mais com maior rendimento de tempo, com menos mão-de-obra, poucos reabastecimentos, redução de local de armazenamento dos fertilizantes e entrega rápida, tudo isto em função do baixo volume utilizado", declarou. (Com informações da Agrolink)
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