(PALMAS-TO) - O presidente da regional de Palmas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintet), Joelson Pereira, afirmou que os resultados negativos alcançados pelo Tocantins no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013 foram “previsíveis”. Segundo ele, o governo “não investe em educação”. “O Estado não dá a devida atenção para o setor. Há falta de investimentos, de valorização dos profissionais e de seriedade”, explica.
O relatório de avaliação do Ideb divulgado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) na sexta-feira, 5, mostra que o Estado não avançou e ainda ficou abaixo da meta nos anos finais do ensino fundamental (de 6º ao 9º ano) e no ensino médio. A meta de 2013 para o ensino fundamental era de 4,2 e o Estado tirou 3,9. Foi a primeira vez que o Tocantins não atingiu a meta estabelecida para esse nível de ensino. Já no ensino médio alcançou a nota 3,3, porém, a meta era de 3,6.
De acordo com o presidente do Sintet de Palmas, a greve realizada pela categoria no inicío do ano buscava a valorização dos profissionais e melhores condições de trabalho, não apenas o aumento salarial. “Quando rotulamos o governo estadual de ‘caloteiro’ significa que estava tirando dinheiro da educação, mas aplicava não os recursos [no setor]”, disse. Ele lembrou que a estrutura física precária e a falta de diálogo entre trabalhadores e gestão nas escolas prejudicam alunos e professores.
Conforme Peireira, todos os anos as escolas recebem dez parcelas oriundas de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mas o governo não repassa devidamente o dinheiro. “Não houve acompanhamento dos investimentos de acordo com os recursos que vêm para a Educação. Houve calote nas escolas”, explicou, ressaltando que foi justamente a falta desse investimento que influenciou nos números do Ideb.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15102
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