Servidores de Augustinópolis, Araguaína, Gurupi e Palmas votaram pela greve

PALMAS - O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras) iniciou nessa segunda-feira, 7, movimento paredista após o Executivo não cumprir acordo firmado no dia 17 de abril e retificado no 24 de julho, que trata do pagamento de progressões, adicional noturno e insalubridade. “O mínimo que acorda não cumpre. O governo não tem palavra com a categoria. Ninguém acredita mais no que o governo fala ou escreve”, disse ao CT o presidente da entidade, Manoel Miranda.
De acordo com informações do sindicato, neste mês completa quatro parcelas em atraso dos pagamentos definidos no acordo. “Não tem como esperar mais, o prazo venceu, portanto a paralisação começará na segunda-feira e vai estender até o governo de fato respeitar os servidores e pagar os seus direitos”, reforçou o presidente.

Atrasos
Após constantes cobranças do sindicato, o governo chegou a apresentar proposta para quitar os valores atrasados no dia 18 de novembro. Sendo que a primeira etapa da programação foi cumprida dia 20, mas, a segunda, que era para ser feita no dia 30, a gestão estadual não pagou as duas parcelas do adicional noturno referente a agosto e setembro.
De acordo com a proposta, a próxima parcela está prevista para sexta-feira, 11, que engloba são plantões extras, retroativos do adicional noturno e insalubridade e as gratificações de urgência e emergência. “Não vamos ligar para o governo, nós vamos aguardar. O sindicato está aberto para qualquer negociação”, comenta Manoel Miranda.
Outra demanda da saúde que a diretoria do Sintras vem persistindo em discutir para solucionar com o governo é sobre as condições de trabalho disponibilizadas aos servidores da saúde nas unidades hospitalares do Estado.

Movimento
De acordo com o presidente do Sintras, o início do movimento paredista vai atingir os hospitais de Augustinópolis, Araguaína, Guaraí, Xambioá, Miracema, Paraíso, Porto Nacional, Gurupi, Arapoema, Dianópolis, Arraias e as unidades de Palmas. “Estamos nos organizando. Vamos dar um choque no governo. A adesão está boa”, afirmou.
A greve foi aprovada pelos servidores da saúde durante assembleias realizadas em Augustinópolis, Araguaína, Gurupi e Palmas nos dias 10, 11, 12 e 13 de novembro. A direção do sindicato já notificou, no dia 18 do mês passado, todos os órgãos públicos e autoridades sobre a realização do movimento paredista, caso o governo não cumprisse o que foi acordado com a classe.
O sindicato também emitiu na sexta-feira, 4, uma nota de esclarecimento aos usuários do SUS informando os motivos do movimento paredista e como funcionarão os atendimentos nas unidades de saúde do Estado.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Saúde e da Administração, mas não obteve resposta.