(PALMAS-TO) - Diante do impasse relacionado à negociação entre o governo do Estado e as entidades representantes dos servidores tocantinenses sobre o pagamento da data-base, o presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), Ismael Sabino da Luz, afirmou a sensação é de que “o governo está criando resistências para não cumprir com os direitos do funcionário público”.
Nessa quarta-feira, 14, o secretário da Administração Lúcio Mascarenhas em reunião com as entidades, insistiu, mais uma vez, que o Estado não teria condições de custear a revisão geral anual antes de maio. Apesar disso, o secretário se comprometeu a analisar o pedido dos sindicatos, que é de pagamento em janeiro. Um novo encontro ficou agendado para a próxima segunda-feira, 19.
“Ainda em 2011 o Estado havia se comprometido a fazer essa revisão da data-base. Não faz sentido protelar algo que é direito desses profissionais. A lei é clara, a concessão deveria ter sido dada ainda em outubro e sem parcelamento”, disse indignado o presidente.
De acordo com informações divulgadas pela assessoria da entidade, um estudo feito pelo Dieese já havia constatado que o governo teria sim condições de arcar com esse reajuste, já que a máquina teria oito meses para se ajustar.
“Ficamos com a impressão de que o governo quer levar todo mundo em banho-maria, mas está enganado se achar que vamos parar de lutar”, disse o presidente afirmando que irá aguardar que no próximo encontro o Estado mude o discurso.
Já para o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifiscal), Carlos Campos, é importante que o governo analise a contraproposta das entidades de classe e chegue num acordo. “Nossa contraproposta será analisada pelo governo. Estou certo de que chegaremos a um acordo que preserve o direito dos servidores com a implementação da data base. É importante frisar que o fechamento das negociações inclui inclusive a aprovação da lei pelo Parlamento Estadual”, afirmou Campos.