O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocupou na madrugada de ontem, sexta-feira, 03, a Fazenda São Judas, situada no município de Esperantina a 701 km de Palmas, na região chamado Bico do Papagaio. A ocupação contou com a participação de 250 famílias Sem Terra e acontece no dia que o ministro da Reforma Agrária, Pepe Vargas, cumpre agenda no Estado na cidade de Araguaina.
Segundo informações a Fazenda “pertence” ao ex-governador e ex-senador (PMDB) pelo o estado da Paraíba, José Maranhão. Os Sem Terras afirmam que “Esta fazenda trata-se de um grande latifúndio que na época 2003 a 2009 estava abandonada sem desenvolver nenhuma atividade produtiva. É a partir desta constatação que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra conhecendo a realidade e diante da necessidade dos sem terra que estavam vivenciando um período cuja luta apresentava característica de resistência e enfrentamento nos locais em que estiveram estavam acampados (fazenda Caracol e Alto da Paz)”, argumentam.
O Movimento também afirma que nestas localidades, constantemente aterrorizados por pistoleiros, policiais civis e militares, segundo alega o Movimento. Em meio a esta situação conflituosa os sem terra viram que a área da Fazenda São Judas poderia ser desapropriada e destinada para assentamento da reforma agrária. Então, em 2006 o MST solicitou junto ao Incra esta área. “O curioso é que até o ano de 2010 a área ainda não havia sido vistoriada”.
O Movimento afirma ainda que somente a partir de 2011, graças às lutas das entidades as solicitações e questionamentos a respeito da área, foi que se iniciou o processo de vistoria, mas, segundo o Movimento, “infelizmente o processo ainda não foi concluído”.
Indignadas com a lentidão da reforma agrária, as famílias sem terra do acampamento Padre Josimo onde estão por mais de três anos acampadas, juntamente com outras famílias sem terra que vieram das cidades e comunidades vizinhas, resolveram ocupar a área da fazenda São Francisco para que seja agilizado o processo e assim criar o tão sonhado assentamento. Entre outros fatores esta ação expressa também o que está acontecendo no Tocantins”, argumenta o líder do Movimento, Manoel Messias.
Para os lideres do MST, atualmente os camponeses a as organizações do campo são surpreendidas com ações que causam indignação. “Primeiro se ver ação e relação estabelecida pelo o governo federal e o governo do estado no Tocantins, repassando para a senadora Kátia Abreu, defensora dos grileiros-latifundiarios de terra o controle da regularização fundiária das terras no estado do Tocantins, cuja representação vem por meio de seu filho o deputado Federal Irajá Abreu”, alegou o lider.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14694
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