(PALMAS-TO) - O impasse em torno do pagamento da data-base dos servidores públicos estaduais continua. Durante reunião realizada nessa segunda-feira, 26, entre os sindicatos e a Secretaria de Estado da Administração (Secad), o governo do Tocantins apresentou uma contraproposta aos sindicatos. A categoria quer que o retroativo seja pago ainda este ano e a data-base em janeiro de 2013.
A nova proposta do governo é parcelar em duas vezes o pagamento da data-base. Uma parcela seria paga em maio e a outra em setembro. “Além disso o governo não está discutindo o retroativo imediato e nem falou em colocar o retroativo na Lei”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintras), Manoel Miranda. Para ele a reunião foi “frustrante” para os servidores. “O governo apresentou uma proposta complicada da categoria aceitar”, disse.
Conforme a Secretaria de Comunicação estadual divulgou, somando as duas parcelas, serão R$ 8,3 milhões por mês a mais de despesa com folha de pagamento. Já com relação ao retroativo do período de outubro de 2012 a abril de 2013, a proposta do governo é negociar em maio. Para setembro, ficaria a negociação do retroativo dos meses de maio a agosto.
“Isso é um absurdo! Nas exaustivas reuniões realizadas anteriormente a bancada sindical apresentou uma proposta de que fosse fixado o pagamento de tudo em uma só vez, no mês de maio. Estamos retrocedendo!”, aponta o presidente do Sindicato dos Profissionais em Enfermagem no Estado do Tocantins (Seet), Ismael Sabino da Luz. Em texto divulgado pela assessoria de imprensa, ele destacou como ponto positivo a ideia de transformar a proposta que for acordada entre governo e sindicatos em lei.
Assembleia
Os sindicatos resolveram convocar uma Assembleia Geral conjunta para discutir a proposta do governo, que acontecerá em frente à sede do Sisepe nesta quarta-feira, 28, a partir das 14 horas. “Se a proposta for aceita pela categoria será encaminhado um ofício ao governo para que faça a lei e encaminhe à Assembleia [Legislativa]” afirmou Miranda.
“O futuro dos servidores vai sair da Assembleia Geral. Caso as categorias rejeitem a proposta, serão traçados os novos rumos do movimento e tudo pode acontecer”, aponta o presidente do Seet.
Miranda não descartou que possa acontecer um a greve geral da categoria caso os servidores rejeitem a proposta do governo. “Naturalmente o ultimo passo a ser dado é uma paralisação. Passo a ser discutido e que poderá ser utilizado. Não está descartada uma greve, mas não queremos sair de lá com um indicativo de greve. Não queremos queimar etapas”, disse.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14565
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