Após a realização desta reunião, será possível elaborar um projeto de desenvolvimento sustentável da região afetada pela construção do Lago de Estreito, a partir da piscicultura

(PALMAS-TO) - Gestores e representantes de instituições dos Estados do Tocantins e Maranhão se reuniram nesta segunda-feira, 17, para discutir estratégias de desenvolvimento da cadeia produtiva do peixe, como alternativas de compensação das comunidades afetadas pela barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito. A reunião, que foi coordenada pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, Jaime Café, contou com a participação de diversos agentes públicos, como do chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luiz Sabanay; dos prefeitos de Carolina (MA), João Alberto, e José Gomes Coelho, de Estreito (MA), entre outros.
Para o secretário da Agricultura, esses encontros são “imprescindíveis” para a elaboração de um projeto eficaz de desenvolvimento da cadeia produtiva do peixe, na região afetada pela construção da usina. “Estamos discutindo um tema de extrema importância e com essa união de forças entre os governos do Tocantins e Maranhão, Ibama, Ministério da Pesca, Ministério Público e Sebrae, será possível desenvolver essa região”, afirmou Jaime Café, durante a primeira parte da reunião, que aconteceu pela manhã, na sala de reuniões da Fieto, em Palmas.
Esse é o segundo encontro dos representantes dos governos do Tocantins e Maranhão, voltado para discutir uma alternativa de desenvolvimento dos impactados da Usina de Estreito. Jaime Café avaliou o encontro como positivo. Após a realização desta reunião, será possível elaborar um projeto de desenvolvimento sustentável da região afetada pela construção do Lago de Estreito, a partir da piscicultura.
De acordo com o chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luiz Sabanay, o desenvolvimento dessa região é uma das prioridades do Governo Federal. “Estamos em um processo de articulação institucional, onde propomos parcerias entre diversas instituições, e tudo isso é importante para a visibilidade da proposta”, avaliou o representante do Governo Federal.
A subsecretária de Aquicultura e Pesca do Tocantins, Miyuki Hyashida, que esteve envolvida diretamente na organização da reunião, também pontuou a “importância” do encontro e chamou a atenção para a força dos diversos agentes envolvidos. Também participaram da reunião, o superintende do Ibama/TO, Joaquim Henrique Moura; o procurador da República no Tocantins, Álvaro Manzano e o superintendente de Pesca e Aquicultura do Governo do Maranhão, José Ribamar Pereira.

UHE Estreito
A Usina Hidrelétrica Estreito está em funcionamento desde março deste ano e gera 258,81 MW médios de energia assegurada acumulada, o suficiente para abastecer uma cidade de um milhão de habitantes. Para funcionamento do lago foi preciso fazer um reservatório, localizado no Rio Tocantins, na divisa dos Estados do Maranhão e Tocantins. Foram afetados com a construção do Lago, moradores dos municípios de Carolina (MA), Estreito (MA), Barra do Ouro (TO), Babaçulândia (TO), Filadélfia (TO), Itapiratins (TO) e de Palmeiras (TO).