(PALMAS-TO) - O Tocantins, que se destaca como o Estado da Federação com maior índice de estudantes matriculados em tempo integral, também tem outros pontos positivos nacionalmente, como um dos melhores salários de carreira de professores: R$ 3.233,39. Além da questão salarial, o professor tocantinense tem sua carga horária equilibrada entre o tempo em sala de aula e o de planejamento, uma demanda implantada nesta gestão estadual e que foi muito bem recebida pela classe.
Com o formato adotado, foi garantida a organização da carga horária de forma que, das 40 horas semanais, 24 horas são cumpridas em sala de aula e o restante é reservado ao planejamento. Com isso, o professor tem mais tempo para se dedicar a planejar aulas, estudos e aperfeiçoamentos.
A educadora Ana Cláudia Batista, da rede estadual de ensino, é um dos profissionais da Educação que consideram positiva a redução da carga horária em sala de aula. “Antes, o planejamento era feito num horário reduzido e não havia tempo para estudo ou pesquisa mais aprofundada. Com a redução da carga horária, há maior tempo para o estudo e o professor está mais disposto para ensinar e os alunos têm aprendido mais com isso. O rendimento é outro”, disse.

Discussões
A secretária de Estado da Educação e Cultura, Adriana Aguiar, e o secretário de Estado da Administração, Lúcio Mascarenhas, receberam nesta segunda-feira, 17, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet), José Roque, e outros membros da entidade, para discutirem o que pode ser aperfeiçoado na carreira do professor e no processo educacional do Tocantins. A convite da Seduc, o promotor de Justiça Miguel Batista de Siqueira Filho também participou da reunião.
Entre as demandas está a implantação de processo eletivo para diretores nas escolas. A Seduc compreende a reivindicação como possível de ser realizada a partir de uma discussão mais aprofundada sobre as regras e o processo para esta medida, que pode ser planejada para o próximo ano letivo, em 2015.
Outra demanda refere-se ao andamento regular dos repasses às escolas. A Seduc informou ao Sindicato que os pagamentos de 2014 estão em dia e a maioria das escolas recebeu 50% dos valores referente a 2013. O restante está sendo regularizado com pagamentos a partir deste mês.

Proposta
Já para o próximo dia 31 está marcada uma nova reunião entre representantes do governo do Estado e o Sindicato. Neste encontro devem ser discutidos, entre outros temas, as propostas relacionadas ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). O Sindicato considera necessário que haja o mesmo plano para os servidores do administrativo da área da Educação e do magistério. O secretário Lúcio Mascarenhas disse que a reivindicação pode ser atendida, o que será debatido na próxima reunião.
Por considerar que política de valorização do servidor público é importante para a gestão estadual, o governo do Tocantins está à disposição para continuar dialogando com o Sintet e atender as reivindicações de acordo com as condições legais e financeiras da administração estadual, ao lado do interesse público.

Movimento nacional
Em atendimento à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), professores de algumas escolas das redes públicas estaduais e municipais de todo o País estão com as atividades profissionais paralisadas desde segunda-feira, 17, com previsão de manter o movimento até hoje, 19.
A paralisação nacional, que não tem relação com a pauta estadual entre governo do Estado e Sintet, pede melhorias do sistema educacional como o investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, destinação de 10% do PIB para a educação pública, entre outras questões nacionais. Essas reivindicações contam com todo o apoio do governo do Estado. (Com informações de Hellen Flôr e Núbia Daiana Mota / Ascom Seduc)