Um dia voltado para a conscientização de adultos, adolescentes e crianças para combater o abuso e a exploração sexual. Várias ações foram realizadas nessa quinta-feira, 18, em Araguaína, dentro da programação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, sendo que uma delas foi uma roda de conversa com alunos de uma escola pública, promovida pelos conselhos tutelares da cidade com apoio da Prefeitura.
Para a estudante Ana Beatriz dos Santos, de 14 anos, este tipo de ação ajuda para que as crianças e os próprios adolescentes entendam o que esteja acontecendo com elas. "Ajuda bastante porque talvez tenha criança passando por esse problema e não sabe o que fazer, estejam sendo ameaçadas e não sabem a quem recorrer e tem medo que aconteça alguma coisa. Com palestras e uma roda de conversa, eles vão saber a quem pedir ajuda", comentou Ana Beatriz.
A professora Zaia Santos Oliveira Silva explicou que muitas das crianças e adolescentes não conseguem falar sobre esse assunto em suas próprias casas e essas ações nas escolas estimulam a terem a liberdade de falar com os professores ou alguém da unidade de ensino. "Muitas das vezes se sentem acuados dentro da própria casa em procurar essas informações. Então eles acham na escola um meio para pesquisar, para perguntar", esclareceu a professora.
"A gente percebe que existe uma dúvida e uma busca desse conhecimento. E essas palestras que são desenvolvidas na escola são de suma importância pra isso, para que os alunos sintam a liberdade de conversar, de se abrir conosco", ressaltou a professora.
"Às vezes depois dessas palestras, nos procuram; elas abrem as portas para vários alunos, e a gente acaba tomando conhecimento de certas situações que acontecem na vida desses alunos e são encaminhados para o Conselho Tutelar", completou.
A conselheira tutelar Fabiane Cristina Mendes Alves Sousa falou da importância desse trabalho nas escolas da cidade. "O objetivo é de levar o conhecimento e empoderar essas crianças e adolescentes para que percam o medo e também que venham incentivar elas a denunciar, fazer a denúncia que é o mais importante desse trabalho", afirmou a conselheira.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15885
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