(PALMAS-TO) - O candidato Waldson Salazar, que ficou em segundo lugar na disputa a presidência do Diretório Estadual do PT, pretende recorrer do resultado do Processo Eleitoral Direto (PED) realizado no último domingo, 10. Ele questiona a lisura das eleições internas do partido devido à inclusão de uma lista paralela de filiados, com cerca de 600 nomes, que possibilitou que votassem mesmo estando fora da lista oficial.
Além deste questionamento em nível estadual, o candidato à presidência do Diretório Municipal de Araguaína, Zé Geraldo, contesta a decisão pela anulação do PED naquele município. Os representantes discordam dos argumentos utilizados pela Comissão Eleitoral de que ocorreu divergência no número de assinaturas, inclusão de votos das listas (oficial e paralela) e que a chapa vencedora tenha provocado tumulto durante processo eleitoral.
Para embasar o recurso ao resultado do PED em nível estadual foram solicitadas à Comissão Eleitoral cópias das atas, listas de presença e resultados da eleições. "Nós reconhecemos a eleição do Júlio César como presidente do partido no Estado, porém a lista paralela interferiu nos nomes que fazem parte do Diretório Estadual e na escolha dos presidentes em muitos diretórios municipais", explicou.
"Nós vamos recorrer à Executiva Estadual e se não atender vamos enviar a documentação à Executiva Nacional", advertiu. "O resultado das eleições no Tocantins é questionável, pois foi usada a lista paralela, mesmo contrariando uma recomendação da Executiva Nacional e nela tinha 85% dos nomes ligados à chapa vencedora", denunciou.
Em Araguaína, segundo o advogado o advogado Célio Alves de Moura, que representa a chapa que questiona a anulação da eleição, os motivos usados para a anulação são falsos, pois conforme ele nos 252 votos contabilizados no PED naquele município, constam assinaturas de dois ou três membros da Comissão Eleitoral.
Ainda conforme o advogado, a inclusão dos votos da lista paralela na urna foi uma decisão da Comissão Eleitoral e que não interferiram no resultado da eleição. Sobre o tumulto, afirmou que foi provocado pelos próprios seguranças contratados pela Comissão Eleitoral. "A eleição não pode ser anulada pelos erros de quem organizou todo o processo", finalizou.
Relatório
O Processo Eleitoral Direto (PED) foi realizado em 74 municípios dos 83 aptos. Um dos municípios onde ocorrereu problemas foi Sampaio, que por desentendimento entre as chapas que disputavam as eleições, as listas e as cédulas de votação foram rasgadas. Votaram no PDE estadual 3.238 filiados, ainda faltando Araguaína e Alvorada.
Na eleição para presidente do Diretório Estadual, o PED apresentou 3.096 votos válidos. O candidato Júlio César obteve 2.176 votos, Waldson Salazar 562 votos e Josafá Maciel 358, sendo ainda 68 votos nulos e 127 brancos.
Para as chapas estaduais o PED apresentou 3.012 votos válidos, 68 votos nulos e 127 brancos. A chapa O Tocantins Quer Mais e Melhor obteve 2.153 votos (71,48%) a chapa Renovação Democrática do Tocantins conseguiu 505 votos (16,76%) e a chapa a Esperança é Vermelha 354 (11,75%).
Enquanto que para presidente do Diretório Nacional, o PED apresentou 3.127 votos válidos. O candidato Rui Falcão obteve 2.375 votos, Walmer Pomar 329 votos, Paulo Teixeira 175 votos, Serge Goulart 173 votos, Marcos Sokol 50 votos e Renato Simões 24 votos.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14854
Resultado do PED gera polêmica no PT do Tocantins
Em Araguaína chapa vencedora contesta anulação de eleição
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