Com praticantes fiéis, a modalidade esportiva conta com cursos na cidade e muitos lugares bonitos para se arriscar a uma vida com mais aventura

Quem nunca pensou em fazer algo diferente e se arriscar em uma atividade que misturasse esporte e natureza? Nos grandes centros urbanos, os amantes de esportes radicais praticam uma modalidade que faz essa mistura: o rapel. E esta novidade já chegou em Araguaína. Com praticantes fiéis, a modalidade esportiva conta com cursos na cidade e muitos lugares bonitos para se arriscar a uma vida com mais aventura.
Dois bombeiros, Rafael Menezes e Alex Bezerra, que se tornaram amigos pela profissão e também gostam de praticar o rapel, tiveram a ideia de introduzir a atividade em Araguaína. “A ideia surgiu através do curso que eu fiz em São Paulo. A gente já gosta da área, tanto eu como o Bezerra resolvemos colocar isso em prática aqui, para a população ter um acesso a esse esporte que tanto tem a ver com a natureza como com o físico, o preparo físico e tudo o mais. Então a gente só uniu o útil ao agradável”, explicou Menezes.
Eles contam que o esporte ainda é uma novidade na cidade. “O mercado de Araguaína para este tipo de esporte ainda não é explorado. Nos grandes centros que a gente vê por aí tem bastante procura, o pessoal está sempre procurando sair para a natureza e praticar este tipo de esporte. Aqui em Araguaína, por enquanto, a procura ainda é pouca”, pontuou Menezes.

Curso
Para mostrar o que é o rapel, as suas técnicas e torná-lo conhecido na cidade, os dois instrutores montaram um curso específico para quem deseja praticar o esporte. “A gente já teve a primeira turma e a ideia é justamente essa: difundir o esporte na sociedade araguainense”, informou.
De acordo com Menezes, quem faz o curso está totalmente capacitado para fazer qualquer tipo de rapel que tenha sido apresentado durante no curso. “Desde o básico da ancoragem, até a descida em si, ele já está apto a fazer e a ensinar aos outros também”, explicou.
E os dois já estão programando formar a segunda turma. “Os próximos passos são adquirir mais experiência, conhecendo novos locais e aprimorando as técnicas e repassando ela para os alunos”, disse Menezes.
O curso dura em média dois finais de semana, sempre nos sábados e domingos. Os alunos têm aulas teóricas e práticas nos locais onde realizarão a parte prática do conhecimento repassado. Os alunos aprendem a fazer vários tipos de nós, os tipos de equipamentos utilizados no rapel, diferentes tipos de descidas, além de primeiros socorros. O curso é finalizado com o batismo em uma cachoeira escolhida pelos instrutores. “Fazemos tudo de forma segura e temos todos os materiais disponíveis para os alunos”, concluiu Menezes.

História do rapel
A técnica do rapel foi “inventada” em 1879 por Jean Charlet-Stranton e seus companheiros Prosper Payot e Frederic Folliguet durante a conquista do Petit Dru, um paredão de rocha coberta de gelo e neve, perto de Chamonix, na França.
Por ser uma atividade de risco, eles foram obrigados a trocarem suas cordas de algodão, que muitas vezes não duravam e se rompiam com facilidade, por equipamentos especializados e de maior resistência, surgindo assim algumas empresas pioneiras em materiais de exploração.
O rapel foi se tornando uma forma de atividade praticada nos fins de semana, à medida que as explorações e técnicas foram se popularizando, surgindo assim novas modalidades. Até hoje, o rapel é usado nas forças armadas para resgastes, ações táticas e explorações, por ser a forma mais rápida de descer algum obstáculo.