BRASÍLIA-DF - A tese de intervenção da direção nacional sobre o PMDB do Tocantins começa a perder adeptos entre ex-membros do diretório estadual da legenda- aqueles que renunciaram em massa forçando a destituição do Diretório em novembro do ano passado.
Fontes ouvidas apontam que o deputado federal Leomar Quintanilha, até então partidário de Marcelo Miranda na disputa pelo comando da legenda, estaria deixando de lado a tese e se reaproximando do grupo de Júnior Coimbra. Peemedebistas ligados a Coimbra já estariam comemorando o fato. A expectativa é que esse pensamento posse ser executado também pelo deputado Osvaldo Reis.
Em entrevista, Leomar Quintanilha – que está no Congresso na vaga do licenciado Lázaro Botelho (PP) – evitou reposta direta à questão, mas defendeu uma “composição” na legenda no Estado. Segundo ele, os membros do PMDB precisam encontrar uma forma de composição, onde os dois grupos – de Marcelo e Coimbra – possam conviver. “Eu acho que é preciso uma reforma no diretório, mas com a composição dos dois grupos. Têm que se reunir, procurar se entender. Temos que trabalhar nesta direção, buscar a unidade do partido”, disse.
Segundo ele, sua relação com o presidente da legenda, Júnior Coimbra é boa e a convivência é “harmônica” na Câmara. Quintanilha afirmou ainda que também o deputado Osvaldo Reis compatilha dessa relação.
Um argumento que estaria pesando a favor de Júnior Coimbra para reagregar os parlamentares é o fato de que, pela intervenção nacional, o partido sairia das mãos de Coimbra para as de Marcelo Miranda. “Os deputados estão vendo que a nacional quer desvalorizar os mandatários para valorizar gente que nem mandato tem”, argumentou uma fonte próxima a Coimbra.
“O que eu quero é buscar o entendimento. Eu vou buscar o entendimento”, disse Quintanilha. Sobre como pretende fazer esta relação, afirmou que, para isso, buscará, inicialmente, “algumas conversas individuais” com integrantes dos dois grupos.