(PALMAS-TO) - O projeto de proteção às ariranhas (Pteronura brasiliensise), desenvolvido no PEC - Parque Estadual do Cantão, atraiu uma emissora de televisão do Japão para produção de um documentário sobre o mamífero. Na tarde dessa quarta-feira, 3, às 15h, uma equipe composta por representantes da empresa paulista Welcome Produções e da emissora estatal do Japão NHK – Nippon Hoso Jyoka reuniram-se na sede do Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins para assinatura do Termo de Compromisso oficializando a autorização para produção do documentário.
O projeto de proteção e monitoramento da ariranha é um trabalho desenvolvido pelo Instituto Araguaia, em parceria com o Naturatins, por meio da equipe do PEC e a comunidade local, no sentido de impedir a pesca e a caça ilegal no interior do parque. Segundo o projeto, apresentado ao órgão em outubro do ano passado pelos responsáveis pelo Instituto Araguaia Silvana Campello e George Georgiadis, sem as práticas da pesca e caça ilegal, os rios e lagos do Cantão voltaram a ser repletos de peixes e, com isso, observou-se um aumento da população de ariranhas no Cantão.
As gravações estão agendadas para acontecer entre os dias 4 de outubro e 26 de novembro, e contarão também com o apoio do Instituto Araguaia. O programa é exibido semanalmente, denominado “Darwin ga kita” e veiculado do território japonês aos domingos, a partir das 19h.

Ariranha

A ariranha, conhecida também como onça-d’água, lontra-gigante e lobo-do-rio, é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas, na América do Sul. Atualmente, encontra-se extinta em 80% de sua distribuição original, sendo que a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. No Brasil, os principais santuários conhecidos da ariranha são os rios Negro e Aquidauana, no Pantanal, e o médio Rio Araguaia, em especial o Parque Estadual do Cantão, com seus 843 lagos. (Edvânia Peregrini)