O Programa Família Acolhedora já ajudou sete crianças e adolescentes de Araguaína que se encontravam em situação de risco pessoal e social. O serviço capacita famílias da comunidade para receberem temporariamente em suas casas, crianças, adolescentes ou grupos de irmãos que precisam ser protegidos com o afastamento do meio familiar e comunitário.
Inicialmente as crianças são encaminhadas para a Casa de Acolhimento Ana Caroline Tenório, que atualmente atende 28 meninas na sede própria, além de 8 meninos em uma casa adaptada. O objetivo é conseguir que todas as crianças e adolescentes acolhidos possam ser direcionados a famílias temporárias cadastradas no programa, preparando-as para o retorno à família biológica ou para a adoção, dentro de um ambiente saudável.
“Este tipo de acolhimento representa a possibilidade de continuidade da convivência familiar em ambiente sadio para a criança ou adolescente que teve que ser levado para a casa de acolhimento municipal, dando-lhes amparo, amor e a possibilidade de convivência familiar”, explica a diretora municipal de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Eidila Augusta Mesquita.
Durante o período, todos são acompanhadas por uma equipe multiprofissional até o retorno à família de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção.

Ajuda financeira
O programa existe em Araguaína desde 2011 e possui 17 famílias cadastradas, que durante o período de acolhida recebem uma bolsa auxílio equivalente a um salário-mínimo por criança, para pagamento de despesas relativas à alimentação, vestuário, lazer, higiene, material escolar e outros gastos essenciais para o bem-estar físico, mental e social da criança ou adolescente. O valor é custeado pelo Fundo Municipal da Infância e Adolescência (FIA) que foi criado para a execução de políticas públicas que garantam os direitos da criança e do adolescente.

Como participar
Para se cadastrar no programa, é preciso ser maior de 21 anos, residente no Município de Araguaína há no mínimo dois anos, ter condições de saúde física e mental, não ter qualquer pendência judicial nem problemas com drogadição e sem restrição quanto ao estado civil.
“O mais importante é que essas pessoas tenham disponibilidade de tempo e interesse em oferecer proteção e amor, pois o papel da família acolhedora é essencial durante esse processo de transição”, destacou Eidila Augusta Mesquita.