Dando continuidade ao projeto "Abordagens inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre da Hanseníase", aconteceu na manhã de ontem, 18, uma capacitação com profissionais da Saúde que atuam no atendimento ao público nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Araguaína.
O representante do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas por Hanseníase (MORHAN) do Ministério da Saúde, Thiago Flores, explicou que eAssa é a segunda fase do projeto, a primeira foi realizada em outubro do ano passado, com a capacitação dos profissionais que trabalham diretamente com os pacientes e os mutirões.
"Nesta fase, discutimos os direitos das pessoas que são atendidas e repassamos informações sobre as doenças. Houve também uma formação com outros profissionais de saúde, como psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, para que eles também tenham um olhar diferenciado sobre os sintomas, porque como é uma doença da pele, pode ser confundida com dermatite", frisou.
De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica do Programa Municipal de Hanseníase, Stela Lúcia Monteiro, no Município, 102 pessoas fazem acompanhamento e 19 novos casos foram detectados neste ano. "Quanto mais informações sobre a doença e novos métodos de identificação, mais podemos evitar casos", explicou.
A enfermeira destacou que os profissionais devem estar sempre atentos a qualquer alteração na pele dos pacientes. No Município, a pessoa que tem suspeita de hanseníase, tem prioridade no atendimento.
A fisioterapeuta Daniela Santos Costa, contou que sente o preconceito até por pessoas da área da saúde e da família. "Pessoas da minha família, instruídas, me questionam, você tem mesmo que trabalhar com pessoas que tem esse tipo de doença? Vemos que o preconceito ainda é grande, temos essa dificuldade também com os pacientes, eles têm medo de se expor e de falar sobre o assunto".
Publicado em Tocantins na Edição Nº 16115
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