Por Flávio Martin 

Durante a 50ª Exposição Agropecuária de Araguaína (Expoara), produtores da agricultura familiar têm a oportunidade de participar de palestras, cursos e receber orientações sobre os benefícios da sustentabilidade e parcerias oferecidas pela Prefeitura de Araguaína. O estande Investe Araguaína estará aberto até o dia 17 de junho no Parque de Exposições Dair José Lourenço.
Na última terça-feira, 12, técnicos do Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente e parceiros receberam agropecuaristas no auditório do Sindicato Rural de Araguaína (SRA) para a apresentação do Programa de Sustentabilidade e Agronegócio de Araguaína e Região (Proagrara).
O secretário Ângelo Crema Marzola Júnior falou sobre o início e adesão ao Programa que oferta suporte técnico para que os produtores planejem suas atividades a curto, médio e longo prazo, e organizando-os em núcleos nas comunidades rurais.
O programa ainda inclui assistência para o desenvolvimento do turismo sustentável. Também auxílio para elaboração de requerimento e cumprimento das regras do Licenciamento Ambiental, Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e Microempreendedor Individual (MEI), além de apresentar as vantagens de se evitar queimadas e participar do Programa Compra Direta.

Planejamento
Um dos objetivos do Proagrara, de acordo com Júnior Marzola, é provar ser possível gerar renda para uma aposentadoria confortável do pequeno produtor. Com a ajuda do técnico agropecuário do Município, Luiz Cabral, o secretário expôs algumas culturas lucrativas que podem ser produzidas a longo prazo, como a pimenta do reino e a extração de borracha natural da seringueira. A produção ainda pode ser feita em consórcio com outros plantios.
"Com o preço atual da pimenta do reino, o rendimento mensal por hectare seria de R$ 3400, após plantação estar consolidada. E com dois anos já dá para colher. Já a borracha, quando estiver também consolidada, seria cerca de R$ 3300 por hectare ao mês. No caso da seringueira, o período de espera é maior, cerca de oito anos, mas depois é para a vida toda", contextualiza o secretário Marzola.
Cabral ainda explicou que a borracha natural pode voltar a ser um produto de grade valor. "Com o encarecimento do petróleo, logo a borracha sintética vai estar com um preço desfavorável e a borracha natural vai se tornar competitiva. A natural é usada para fabricação de produtos que dependente de mais resistência porque tem mais qualidade. E isso pode chegar a outros produtos também".