Colinas (TO) - A superintendência do Tocantins da Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou ao CT que o trânsito na BR-153 foi liberado na manhã dessa sexta-feira, 13, em Colinas do Tocantins. De acordo com a instituição, a tropa de choque da Força Nacional ainda acompanha a movimentação dos caminhoneiros manifestantes responsáveis pelo bloqueio, mas avisa que não houve qualquer confronto.
A Polícia Rodoviária Federal destaca que alguns manifestantes ainda permanecem na rodovia, mas não atrapalham o trânsito das duas vias. Ainda segundo informações da instituição, a interdição da BR-153 no quilômetro 242 durou 39 horas e 15 minutos.
O trabalho de controle do fluxo de veículos começou às 8h30 dessa sexta-feira, tendo sido finalizada por volta das 9h45, após retirar os entulhos da pista com a ajuda de trator. Conforme a Polícia Rodoviária Federal, devido à extensa fila, o trânsito ainda flui com lentidão. A instituição ainda monitora a manifestação, que segue pacífica.

Bloqueio

Caminhoneiros voltaram a bloquear a BR-153 no fim da tarde de quarta-feira, 11, após serem dissuadidos pela Polícia Militar na terça-feira, 10, com a utilização de balas de borracha e bombas de efeito moral. Conforme informações do presidente da subseção de Colinas do Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sérgio Wacheleski, a paralisação dos motoristas já estava atrapalhando o abastecimento da cidade. “A mobilização está começando a prejudicar a sociedade. Está comprometido o combustível e alimento. A situação é preocupante para a gente, pois já começa a faltar gêneros alimentícios”, explanou.
Os caminhoneiros começaram a mobilização em Colinas do Tocantins na segunda-feira, 9. O movimento já se estende por vários Estados, após a categoria não entrar em acordo com o governo federal em relação às suas reivindicações. Os manifestantes pedem a redução do preço do óleo diesel, a criação do frete mínimo, salário unificado em todo o país e a liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos. O grupo também quer ajuda federal para refinanciamento de dívidas de compra de seus veículos.