(PALMAS-TO) - O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Tocantins (Seet), Claudean Pereira Lima, se reuniu na quarta-feira, 6, com a vice-ministra da Saúde, Ana Paula Menezes, e o diretor de programas da secretaria executiva do Ministério da Saúde, Giliate Coelho Neto. Na ocasião, o representante entregou ofício pedindo a intervenção federal na saúde pública do Tocantins, devido ao “descaso das autoridades públicas responsáveis pela administração do setor”, conforme diz o documento.
Claudean informou que junto ao ofício foi protocolado um dossiê elaborado pelos profissionais de enfermagem em todo o Estado. “Os enfermeiros registraram flagrantes em fotos, e até vídeos, mostrando a condição calamitosa dos 19 hospitais públicos do Tocantins”, disse o presidente, que acrescentou: “Entendemos que é falta de gestão. Nós tomamos a iniciativa no intuito de defender a assistência, não apenas a condição de trabalho”.
O presidente do Seet afirmou que o executivo estadual deve progressão, insalubridade e adicional noturno aos profissionais da saúde pública, o que para Claudean indica “descaso” com o setor, pois a progressão já foi concedida pelo governo do Estado aos policiais militares, servidores do Quadro Geral e professores.
Ofício
O documento protocolado pelo Seet aponta diversos problemas na saúde do Estado, entre os citados estão a falta de medicamentos nas unidades de saúde; instalações das unidades em estado de deterioração e com riscos de contaminação; falta de equipamentos de proteção individual adequados; inexistência de materiais adequados à limpeza e esterilização; paredes das unidades hospitalares com mofos, umidade e fungos; superlotação das unidades hospitalares.
Sem transparência
O ofício protocolizado pela entidade também crítica a possibilidade de implementar gestão compartilhada no Hospital Regional de Araguaína. De acordo com o Seet, o Termo de Referência apresentado pelo executivo acarreta “clara ausência de transparência e credibilidade”. “Dentre as inúmeras cláusulas que viciam o termo de referência apresentado destaca-se a inexistência de prazo mínimo de experiência na área de gestão de serviço de saúde, prazos para início da contratação e prestação dos serviços realizados em caráter repentino em que pese à complexidade da matéria”, afirma o documento.
Por fim, o documento assinado pelo presidente do Seet argumenta há um “colapso na saúde publica do Estado” e um “visível descaso das autoridades”, e por isso, requere a adoção de medidas jurídicas e institucionais para a decretação da intervenção federal.
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