PALMAS - O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Tocantins (Fecomércio), Itelvino Pisoni, comentou nessa terça-feira, 25, sobre o pacote de anticrise anunciado pelo governador Marcelo Miranda (PMDB). O empresário disse compreender as dificuldades financeiras do Tocantins, mas criticou o Executivo por tomar a decisão sem dialogar com a sociedade e instituições e considera que a administração não fez a sua parte para conter os gastos.
Itelvino Pisoni avalia “não ser o momento” para aumentar os impostos. O presidente da Fecomércio ainda criticou o Executivo por ter anunciado o pacote de “medidas de governança” antes de adotar promover qualquer enxugamento da máquina. “O governo tem que mostrar a parte dele. Reduzir gastos, pastas e autarquias. Cortar despesas com pessoal”, exemplificou.
Em relação ao aumento das alíquotas do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) de energia elétrica, combustíveis e produtos supérfluos, Itelvino Pisoni ponderou que o governo do Estado não especificou quais artigos irão sofrer, mas devido à crise, explicou ser a favor do acréscimo em artigos como bebidas alcoólicas. Entretanto, contestou a elevação na energia elétrica. “Já está altíssima”, disse.
O governo também foi alvo de críticas do presidente da Fecomércio em relação a falta de diálogo com as entidades. “Começamos uma discussão. Nos foi colocada a necessidade de ajustes, mas não passou disso. Acho [o pacote anticrise] precipitado. Deveriam ter aguardado mais um pouco, discutir com sociedade”, revelou Itelvino Pisoni, reafirmando que o Executivo não fez esforço para extinguir cargos desnecessários ou enxugar a máquina.
Itelvino Pisoni garantiu que a Fecomércio irá dialogar com a Assembleia Legislativa para tentar amenizar as medidas do governo. “Com aqueles [deputados] que estiverem ao nosso alcance, vamos trabalhar para que façam esforço para minimizarem os impactos”, afirmou.