Tocantinópolis-TO - A Polícia Civil (PC) de Tocantinópolis, no extremo norte do Estado, prendeu o casal Noracy Ribeiro, 41 anos, e José Soares da Silva, 69 anos. A mulher é a principal suspeita de ter cometido o homicídio que vitimou Brandina Panhkhé Carvalho Apinajé, crime ocorrido no dia 20, por volta das 23h30, na aldeia apinajé Cipozal. O esposo de Noracy é suspeito pelo crime de falso testemunho para ajudar a proteger a companheira.
Ao ser interrogada, a mulher confessou o crime, dizendo que matou Brandina por causa de R$ 60, que, supostamente, a vítima teria furtado dela. No momento em que Noracy desferiu uma facada no peito da vítima, Brandina estava com a filha de sete meses no colo. O golpe atingiu a criança, que perdeu dois dedos.
A suspeita disse ainda que, depois que matou Brandina, combinou com seu companheiro, José Soares, a história que foi contada na delegacia para que José Patrício fosse preso pelos crimes que ela cometeu.
No dia do crime, a PC prendeu em flagrante José Patrício Dias, 49 anos. Ele, que era marido da vítima, passou a ser o principal suspeito de ter cometido o homicídio. Contra ele pesavam os crimes de homicídio qualificado e lesão corporal grave, praticados, respectivamente, em sua companheira, Brandina e sua filha.
Durante as investigações, a Polícia Civil encontrou uma testemunha, que estava na aldeia no momento do crime e revelou que, na verdade, a indígena havia sido morta não por José, mas pela sua comadre, a índia Noracy.
Diante dos fatos, o delegado representou pela prisão temporária do casal, que foi preso na tarde de terça-feira, 27, no Povoado Ribeirão Grande, em Tocantinópolis. O marido da vítima foi solto no mesmo instante em que o casal foi preso.
Após os procedimentos cabíveis, Noracy foi autuada pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal grave, falso testemunho e coação, sendo recolhida na carceragem da cadeia pública de Palmeiras do Tocantins onde ficará a disposição da justiça.
José Soares foi indiciado por falso testemunho e, após os procedimentos legais, foi encaminhado à carceragem da Cadeia Pública de Tocantinópolis, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15221
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