Araguaína (TO) - Os produtores rurais da região de Araguaína e de outros 14 municípios circunvizinhos tem endereço certo para comercializar seus produtos. Trata-se do Programa Compra Direta, em parceira com o Governo Federal. Sem a presença de atravessadores, a Prefeitura tem garantido o investimento de pouco mais de 1 milhão de reais para comprar os produtos plantados, beneficiados ou criados na região.
Os produtores fornecem os materiais todas as segundas-feiras, das 7h30 às 14h, no galpão localizado na frente do CAT. No local é feita a pesagem e a conferência do peso das mercadorias. “Por semana, são adquiridos pelo Programa uma média de 18 toneladas em produtos oriundos da zona rural da região”, informou o coordenador do programa, Silas Alencar, acrescentando que nas terças-feiras, os produtos são distribuídos às 97 entidades beneficentes, como creches, escolas, CRAS e ONGs. Na semana anterior, de segunda a sexta-feira, são agendadas as entregas.
Depois do recesso de julho, as propostas para o segundo semestre iniciaram para um total de 258 agricultores familiares da região. Cada um deles têm uma cota de até R$ 6.500 para vender em produtos ao programa. “A proposta se encerra na data provável de 15 de dezembro deste ano. Em janeiro de 2016 será realizada uma nova chamada pública para que outros produtores sejam inseridos no programa”, informou o coordenador.
A diversificada gama de produtos da estação que estão sendo comercializados são mandioca, mamão, abacaxi, melão, folhagem, banana, inhame, melancia e tomate, bem como farinha, mel, frango e polpa de frutas inspecionados.
Benefícios
De acordo com o coordenador do programa, Silas Alencar, o pagamento aos produtores é sempre efetuado na virada do mês, depois que a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico envia as informações e a nota fiscal dos produtos fornecidos ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). “O próprio Ministério faz a transação e deposita a quantia referente ao produto na conta do produtor, que possui um cartão específico do programa para saque no Banco do Brasil”, assegurou Alencar.
Entre os principais benefícios aos produtores estão a garantia de entrega de produtos excedentes, a transparência do preço tabelado, a economia de tempo e a garantia da compra dos produtos dentro da cota. Ilda Pinheiro é marinheira de primeira viagem. Em um dia, ela forneceu ao programa um total de 104 frangos, totalizando 144kg do produto. A produtora conheceu o programa no último mês, através de uma amiga da família, depois de relatar prejuízos. Com a ajuda de um filho e do esposo, na propriedade localizada na região de Aragominas, ela cultiva couve e cheiro verde, além de coco, banana, abacate e mamão.
Com o lucro das vendas do produto, ela pretende quitar um carro novo, que ela mesmo dirige até a cidade para a entrega dos produtos. “Pra mim, apesar de iniciante, estou achando muito bom. Espero que o Ministério aumente a cota de venda de cada produtor a cada ano. Estou muito feliz e enquanto existir este programa eu vou continuar nele”, avaliou.
Alex Vasconcelos é um dos proprietários de uma fazenda com 50 alqueires e está inscrito há quatro anos no Compra Direta. Produtor de mamão e banana, já é experiente. Nesta semana, ele trouxe mais de 1.200kg de mamão (papaia e formosa) e banana (terra e maçã). No plantio, ele conta com dois agricultores. “Com os lucros do Compra Direta, dei entrada no meu carro novo, conquistei a irrigação da propriedade e mobilhei minha casa. Tudo com dinheiro daqui”, assegurou ele.
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