Caseara (TO) - Líderes políticos de oposição e de assentamentos do município de Caseara comandaram manifestação nessa terça-feira, 12, contra o prefeito Renato Almeida (DEM), sob acusação de supostos desvios de recursos públicos na ordem de R$ 144 mil, destinados à recuperação de estradas vicinais e aos Projetos de Assentamentos (PAs) Estrela do Araguaia Barroca e 1º de Maio, além de “questões de descasos da gestão para com o município”.
O prefeito Renato Almeida (DEM) disse ao CT na manhã dessa quarta-feira, 13, que as denúncias são infundadas, pois são “intrigas de oposição” e lembrou que Caseara passa por uma crise política. O democrata informou que irá colaborar com os trâmites das investigações e que deve comparecer na Comissão Processante para depor. Caso as denúncias sejam confirmadas, o prefeito poderá ser afastado por tempo determinado ou ter o mandato extinto.
Após o ato público, os vereadores votaram sobre a instalação da Comissão Processante (CP) que investigará as denúncias contra o gestor municipal. A comissão foi instalada por cinco votos a três. Os vereadores favoráveis foram Francisco Pereira (PTB), Domingos Martins (PSD), Isabel Fonseca (PSD), Gerivaldo Pereira (Kacique) (DEM) e Clebinho Cavalcante (PMDB). “Nós estamos aqui hoje neste dia histórico, pra darmos uma resposta à sociedade casearense”, frisou vereador Pereira.
Os parlamentares Jair Pereira da Silva (PSB), José Lito Dias dos Reis (DEM) e Marcos Carvalho (BSDB) que foram contrários à CP justificaram que sua criação só poderia se tornar viável após parecer do Ministério Público Estadual (MPE) e do Tribunal de Contas. “Primeiro a denúncia tinha que passar pela Casa [de Leis] para depois para o Ministério Público. Infelizmente não confiaram na casa (de leis) que temos, por isso a minha posição foi contra a criação da comissão”, explicou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador José Lito.
Comissão
A comissão será composta pelo presidente Domingos Martins, pelo relator Clebinho Cavalcante e pelo vogal Gerivaldo Pereira. Martins informou que pedirá apoio ao Ministério Público para que o trabalho seja “pautado na legalidade”. “Só fazer a regulamentação da comissão, haja vista que temos bastante material para estarmos estudando e analisando, acredito que na próxima semana vamos dá essa resposta para o pessoal e exercer nossa função”, comentou.
Ele adiantou que pretende convocar o prefeito para depor na comissão, pois ele é a pessoa mais indicada para apresentar as respostas à comissão. “Nós temos nomes do primeiro escalão do executivo arrolados para que possamos fazer um trabalho, transparente respeitando todos os lados, nas questões de prazo e direito de defesa que a regulamentação permite”, ressaltou.
O presidente da câmara Ivo da Silva (DEM) comentou que acompanhará todo o processo e destacou que a gestão municipal está “parada”. “Sou favorável a qualquer tipo de manifestação desde que seja pacífica, a gente sabe o que vem acontecendo ainda mais com uma manifestação como esta, o povo de Caseara precisa dessa resposta”, frisou.
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