(ARAGUAÍNA-TO) - No dia em que foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, duas foram mortas em Araguaína na manhã dessa quinta-feira, 8, e outra está internada no Hospital Regional daquele município, em estado grave, com risco de morte. O suspeito do crime é Didácio de Sousa Melo, 38 anos.
De acordo com o delegado plantonista, Manoel Laeldo dos Santos Nascimento, o acusado confessou que matou Layara Duarte Silva, 18 anos, porque não aceitava a separação e exigia a guarda da filha do casal, que tem 1 ano e 10 meses. Ela foi atingida com tiros na cabeça e nas costas.
A outra mulher que morreu com um tiro no braço e outro na cabeça foi Layane Duarte Silva, 20 anos, e Edileuza Maria da Silva, 46 anos, está hospitalizada com dois tiros na boca. “Foi pura maldade, o amor alegado pela filha não é motivo determinante para tal crime e nenhum outro determina tamanha crueldade. Não havia necessidade para matar”, comentou o delegado, acrescentando que Layane e Edileuza são irmã e mãe de Layara, respectivamente.

Crime
De acordo com o delegado, primeiro, Didácio encontrou na casa onde se encontrava a companheira [Layara] e a matou. “Como a sogra [Edileuza] estava na companhia da filha, ele desferiu contra ela dois tiros na boca, mas ela saiu correndo e fugiu. Em seguida, Didácio foi para a casa vizinha onde estava a cunhada [Layane], atirou e a matou dentro do banheiro”, contou o delegado, acrescentando que a arma do crime foi um revólver calibre 38, que está apreendida com munições intactas.

Negociação
Depois de muitas negociações com policiais militares, ainda conforme o delegado, o acusado se entregou. “De dentro da casa, ele dizia que teria chamado a imprensa por um celular que estava em seu poder e que só se entregaria quando esta chegasse ao local. Depois de muito diálogo e antes que a imprensa chegasse, ele se entregou”, contou.
Didácio, de acordo com o delgado, quando foi preso estava lúcido. “Ele trabalha como vigilante particular aqui em Araguaína e usa arma para tal finalidade e até o momento nós temos a informação que ele tenha passagem pela polícia”, afirmou.
Durante o depoimento, o acusado teria afirmado que a arma usada no crime é particular, que não porte de arma e nem registro.