(Araguaína-TO) - O promotor de Justiça de Araguaína, Alzemiro Wilson Peres Freitas, enviou na quarta-feira, 27, requisitando informações sobre as verbas disponibilizadas para a saúde pública de Araguaína e questionando se houve o pagamento aos médicos da Unidade de Pronto Atendimento do setor sul do município. Entre os oficiados estão: ao secretário municipal da Saúde, Jean Luís Coutinho; ao diretor da Pró-Saúde, Joaquim Fonseca Júnior; o secretário municipal da Fazenda, Alberto Sousa Brito; ao secretário estadual da Saúde, Luiz Antônio Ferreira; e o prefeito Ronaldo Dimas (PR).
Alzemiro argumenta no ofício, que a razão para a solicitação das informações, é devido a suspensão dos serviços dos médicos que compõem o corpo clínico anunciado para começar nesta quinta-feira, 28. O promotor informa que os profissionais estão sem receber e só não paralisarão os serviços de emergências e urgências.
O médico Gustavo de Tarso informou ao CT nesta quinta que foram suspensos os atendimentos de fichas verdes e azuis, e que somente o atendimento das fichas amarelas e vermelhas estão sendo realizadas. Ele também informou que o movimento é dos médicos que prestam serviços à Pró-Saúde, portanto, a UPA da região sul teve os atendimentos suspensos, assim como o Hospital Municipal e o Ambulatório de Especialidades. Segundo ele, além de os médicos não estarem recebendo os honorários médicos, a Pró-Saúde tem hoje que escolher entre comprar medicamento ou pagar os médicos. “Dessa forma a população sai perdendo dos dois jeitos, medicamento sozinho não cura ninguém, e médico sem medicamento também fica difícil”, reclamou o médico.
Ele ainda contou que conversaram “insistentemente” algumas vezes com os gestores responsáveis, mas esses se mostraram “sem interesse algum de resolver o impasse”. “Nós estamos já há algum tempo, desde o início de 2013, sem uma regularidade no repasse dos nossos honorários médicos, então isso está acarretando em muitas complicações financeiras pra gente”, Gustavo de Tarso contou. “Nada foi feito, o que culminou a dois dias atrás na nossa motivação de paralisação, que se concretiza hoje [quinta-feira]”, disse.
Para averiguar a situação, o promotor pede documentos que comprovem a “origem global das verbas” disponibilizadas para a saúde pública de Araguaína, em especial às repassadas a UPA do setor sul do município, desde janeiro deste ano. Alzemiro Wilson requere também que “discrimine pormenorizadamente” os débitos com a Pró-Saúde.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15092
Por falta de pagamentos, médicos de Araguaína atendem parcialmente
Desde ontem, UPA da região sul de Araguaína atende apenas urgência e emergência
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