A Polícia Militar do Tocantins pediu a prisão preventiva do pastor e cabo da PM, Nelcivan Costa Feitosa, por ofensas ao Comandante-Geral da corporação, o coronel Jaizon Veras Barbosa.
O pedido de prisão aponta que em 15 de fevereiro deste ano o pastor chamou o comandante-geral de 'assassino', teria dito que ele 'manda matar' e que 'no Tocantins existe coronel que estuprou policial feminina'.
Além disso, o documento cita que o cabo teria mencionando o Corpo de Bombeiros insinuando ocorrência de suposto estupro na instituição. Também menciona que Nelcivan estaria criticando insistentemente nas redes sociais os atos do Governo do Estado na figura do governador Mauro Carlesse.
O pedido argumenta que o cabo está gravando vários vídeos que violam a ordem social, afrontando a instituição Polícia Militar na pessoa do seu comandante e estaria agregando alguns simpatizantes à sua causa, civis e militares. Cita como exemplo o recolhimento de um radar móvel em Palmas. O pedido de prisão foi protocolado na Justiça Militar no dia 25 de abril.
"A figura do comandante-geral vai além de uma simples função exercida por um militar, mas também representa o órgão máximo da corporação e, portanto, representando ele a própria instituição. Uma ofensa dirigida a este ente é uma ofensa contra toda a instituição policial militar tocantinense e contra a ordem administrativa militar", diz trecho do pedido.
Em outra ocasião, a Justiça comum proibiu o pastor de fazer ofensas à pessoa de Mauro Carlesse e determinou que ele retirasse imediatamente das redes sociais todos os comentários ofensivos postados contra a honra do governador.
Nas redes sociais, o cabo disse que receia pela própria vida e que o pedido de prisão é uma medida política. "Eu receio pela minha vida, de entrar ali [prisão] e eles me matarem", disse.
Juiz ainda não decidiu sobre pedido de prisão; MPE será ouvido
A Justiça Militar do Tocantins ainda não decidiu sobre o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Militar contra o pastor e cabo aposentado Nelcivan Costa Feitosa.
Neste feriado do Dia do Trabalhador circulou boato nas redes sociais de que o pastor já tinha sido preso, porém, o juiz José Ribamar Mendes Júnior intimou o Ministério Público Estadual (MPE) para se manifestar sobre o pedido de prisão em até 5 dias. O prazo termina dia 6 de maio.
Somente após a manifestação do MPE, o juiz decidirá se decreta ou não a prisão preventiva do cabo da PM por tempo indeterminado.
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