Policiais pleiteiam derrubada de Projeto de Lei

Dezenas de integrantes da Polícia Civil do Tocantins realizaram uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (26) contra o Novo Manual de Procedimentos da Polícia Judiciária, criado pelo Governo de Mauro Carlesse e que ficou conhecido como 'lei da mordaça'. A categoria pede que os deputados rejeitem integralmente o projeto de lei.
O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins (Sindepol-TO), Associação da Mulher Policial e Associação dos Policiais Civis (Aspol). 
Apesar da grande movimentação em frente à Assembleia, nenhum dos 24 deputados estaduais apareceu para receber os representantes das entidades de classe e manifestar apoio à causa.
Mesmo assim, o presidente do Sindepol, Mozart Felix, pediu que os deputados se manifestem contrários ao que chamou de "desmandos praticados contra a Polícia Civil".
"Queremos o apoio dos deputados por entender que não há outro caminho senão rejeitar na íntegra esse projeto de lei e devolver para o Palácio Araguaia a fim de que seja feito algo plausível, constitucional e defensável. A Polícia Civil não é do Palácio Araguaia. A Polícia Civil é uma instituição do Estado do Tocantins e jamais será do governo", disse em discurso.
"É uma surpresa que em pleno 2019 tenhamos que conviver com isso. Uma tentativa de coibir as ações da Polícia Civil, que com certeza tem sido a polícia que mais desenvolveu atividades de combate à corrupção no Brasil. Esse trabalho deve ter incomodado. A Polícia Civil não é inimiga do governador, não é inimiga da Assembleia, não é inimiga de deputado e nem de político algum. A Polícia Civil é inimiga do crime, esse é o nosso inimigo", afirmou o presidente da Aspol, Paulinho Lima.